Esse é o YInMn, novo tom de azul descoberto por acidente
Anote a receita: manganês + índio + ítrio numa temperatura de mais de 1200 ºC
Na Universidade do Oregon, nos Estados Unidos, cientistas faziam experiências com materiais para serem usados na produção de aparelhos eletrônicos. Num dos testes, misturaram manganês, índio e ítrio a cerca de 1200 ºC.
Para o que precisavam, deu errado, mas acabaram descobrindo o que é considerado um novo tom de azul: o YInMn Blue. Vale dizer que, certamente, o seu monitor não consegue exibir a nova cor adequadamente.
O pigmento ainda resolve um problema enfrentado desde a época dos antigos egípcios, que desenvolveram os primeiros azuis. Ao contrário dos tons anteriores, a nova cor é mais durável, segura e atóxica, já que não usa cobalto em sua composição.
Segundo Mas Subramanian, chefe do Departamento de Química da Universidade, o azul é a cor mais difícil de obter, pois o composto precisa absorver a luz vermelha. É aqui que o YInMn se beneficia, já que os íons de manganês são ideais para essa tarefa.
A nova cor será lançada no mercado pela empresa Sheperd Color, e foi incluída no Forbes Pigment Collection, do Museu de Arte de Harvard, responsável pela catalogação e história das cores do mundo, com pigmentos que datam da Idade Média.