Aplicativo cria uma janela para o passado com realidade aumentada geolocal
Pivot permite enxergar em tempo real como era o mundo antigamente
Para que as pessoas pudessem descobrir o passado dos lugares por onde passam, seja em sua terra natal ou durante viagens, Asma Jaber criou o aplicativo Pivot.
Espelhados pelo banco de dados do sistema do aplicativo estão os chamados “pontos Pivot” – lugares no mapa que revelam algum conteúdo sobre seu passado como imagens e vídeos navegáveis. Usando realidade aumentada combinada à geolocalização, o usuário pode apontar seu celular e enxergar os conteúdos.
Em fase de protótipo, Pivot foi premiado pelo Harvard Innovation Lab e também busca financiamento coletivo pelo Kickstarter.
O principal foco é melhorar seu sistema de realidade aumentada (hoje se baseia em ícones impressos e posicionados nos lugares que contém conteúdos em RA do seu passado). Além disso, também colocará no ar uma plataforma para que qualquer pessoa possa colaborar com conteúdos históricos ao redor do mundo.
Projeto quer preservar digitalmente a história dos lugares e também promover o aprendizado cultural.
Pivot nasceu com a missão inicial de ajudar a preservar patrimônios culturais de lugares muitas vezes inacessíveis, mas ainda sim carregados de histórias, como Palestina, Iraque e Síria. Hoje também pretende adicionar destinos turísticos populares como Roma e Paris, incluindo rotas especiais e temáticas dependendo da época e história que o usuário se interessar.
Há diversos lugares ao redor do mundo que podem desaparecer em pouco tempo e até cair no esquecimento. Mesmo as cidades em que vivemos hoje já tiveram grande parte de seu passado substituído ou reconfigurado. Principalmente em tempos de futurismo, a história que o passado deixou em cada elemento urbano vai se esvaziando aos poucos, com o passar dos anos e o avanço das modernas construções. Aqui, Pivot parece ser um projeto que faz sentido.
O aplicativo será lançado em abril de 2015 como um projeto global. Por enquanto, essa janela para o passado pode ser acessada em beta por quem estiver na área do campus de Harvard.