Campanha da Federação Asiático-Americana “brinca” com xenofobia para combater preconceito contra asiáticos
A ação é composta por 10 pôsteres desenvolvidos com as memórias que asiáticos-americanos têm das cidades onde nasceram ou vivem atualmente
Segundo o FBI, os crimes de ódio contra asiáticos aumentaram 73% em 2020, durante a pandemia da Covid-19. Para combater essa tendência, a agência Droga5 resolveu desenvolver uma campanha em parceria com a Federação Asiático-Americana, chamada “I’m Really From” (ou, traduzindo, “Eu realmente sou de lá”). A ideia foi “brincar” com a questão: “De onde você realmente é?”.
A ação celebra a conexão dos participantes com as cidades americanas onde moram com a criação de 10 pôsteres por artistas asiáticos e asiático-americanos. Eles se baseiam nas histórias e memórias que outros 10 asiático-americanos compartilharam sobre os lugares onde nasceram.
Entre os participantes está o autor da comédia “Crazy Rich Asians”, Kevin Kwan, que é de Houston e fala sobre o churrasco do Texas, além da área de Chinatown da cidade, tudo ilustrado por Jiaqui Wang; e o patinador olímpico Apolo Ohno, de Seattle, que apresenta o salão de cabeleireiro do pai Ohno, o “Yuki’s Diffusion”, e as florestas da região, com ilustrações de Bianca Austria.
Segundo Rik Mistry, diretor de estratégia de marca da Droga5, o grupo tem esperança de que as pessoas asiáticas se sintam vistas e inspiradas por esta série. “Que eles vejam a resiliência em nossa comunidade e encontrem alegria nas histórias trazidas à vida por nossos incríveis ilustradores asiáticos e asiático-americanos”, disse ele ao site Adweek.
O download digital de oito dos pôsteres está disponível por 25 dólares e as cópias impressas, em edições limitadas, são vendidas por 150 dólares no link aafederation.org/imreallyfrom, que também reúne informações de cada trabalho. Outros dois pôsteres ainda serão lançados em dezembro, e todo o valor arrecadados com as vendas será destinado ao programa “Hope Against Hate”, desenvolvido para prevenir crimes de ódio e auxiliar as vítimas.