Uber quer que frota de carros usados no aplicativo seja 100% elétrica até 2040
Empresa não vai forçar motoristas a trocar de veículo, mas vai criar incentivos financeiros para incentivar a mudança
O Uber anunciou nesta terça-feira (8) que vai tornar como meta da empresa que 100% das corridas nos Estados Unidos, Canadá e Europa sejam feitas de carros elétricos até 2030, estabelecendo a mesma premissa pro resto do mundo para 2040. A companhia busca cumprir o objetivo a partir de um programa de incentivos com os motoristas do aplicativo, que receberão taxas maiores de pagamento caso completem as viagens com um veículo do tipo.
Esse programa já tem início a partir de hoje com o Uber Green, uma iniciativa que será disponibilizada em 15 cidades nos EUA e no Canadá e vai permitir a passageiros que peçam um veículo híbrido ou elétrico de dentro do aplicativo por um dólar a mais na corrida. No lado dos motoristas, quem dirige um carro híbrido receberá 50 centavos extras a cada viagem, enquanto os donos de veículos elétricos ganharão o valor de um dólar e cinquenta por corrida – independente se quem pedir o Uber requisitou uma viagem “verde” ou não.
Além do Uber Green, a companhia também vai buscar ativamente parcerias que alimentem o interesse do público pelo consumo de veículos elétricos. Isso inclui fabricantes como a General Motors (nos EUA e Canadá) e a Renault-Nissan (no Reino Unido, França, Holanda e Portugal), que o Uber espera traçar ofertas ainda mais “atrativas” para o segmento, e a empresa de locação de carros Avis, com a qual a companhia vai buscar ampliar a disponibilidade de modelos do tipo para aluguel.
O anúncio do Uber segue os passos do Lyft, que em junho confirmou planos similares de transição integral para um modelo verde de corridas – a data final de 2030 é a mesma, inclusive. São movimentos tomados sobretudo em consideração a estudos recentes envolvendo a contribuição de aplicativos de transporte para o aquecimento global: um estudo publicado em janeiro revela que corridas de carro feitas por aplicativos são 50% mais poluentes que viagens normais.