SXSW 2014: Corpos monitorados, entenda as “wearable technologies”
Cinco motivos pelos quais as pessoas utilizariam sensores no corpo
No palco: Bonnie Cha (Re/Code), Jef Holove (Basis Science Inc), Rodrigo Martinez (IDEO), Yijing Brentano (Sprint)
Sem dúvida nenhuma, as palavras “wearable technologies” foram das mais usadas nessa edição do SXSW. Em qualquer palestra ou workshop que você entrava lá estavam elas, normalmente direcionadas ao mundo de saúde, esporte, moda e ciência. Nesse painel, foram discutidas principalmente as aplicações ao campo da saúde.
Rodrigo Martinez apontou cinco motivos pelos quais as pessoas utilizariam sensores no corpo:
1. “minha vida sob meu controle” e a sensação de estar monitorando tudo sobre você;
2. “melhora na performance” com os índices subindo ou descendo;
3. “guia de sobrevivência” para aqueles que podem ter riscos sérios de saúde;
4. “acompanhamento de saúde” para checar como estão indo as coisas, mas sem muito senso de urgência;
5. “parte da tribo” para aqueles que querem se encaixar alguma tribo (conectados, saudáveis, modernos e etc).
As pessoas não experimentam a tecnologia, elas experimentam produtos, serviços ou espaços contextualizados
Independente da motivação, ainda teremos um período de adaptação para que isso tudo possa acontecer, uma vez que o formato ainda não está definido. Hoje em dia conseguimos esses tipos de dados de três maneiras: com acessórios externos (relógio, óculos, gadgets em geral), chips subcutâneos ou sensores comestíveis.
De qualquer jeito, Martinez destaca que as pessoas não experimentam a tecnologia, elas experimentam produtos, serviços ou espaços contextualizados. Portanto, as “wearable technologies” ainda precisam encontrar o seu caminho para fazer sentido na vida de todo mundo.
Dica que aprendi: entenda exatamente a entrega de dados que aquela “wearable technology” fornece. Isso ajuda a dar sentido para ela.
Pergunta que não quer calar: de repente todo mundo “sabe” discutir se os seus índices de saúde estão bons ou não. Como fica o papel do médico nessa história?
[Ilustração: Fernando Weno]