Em Dallas, Uber começa a preparar carros autônomos para o mercado – de novo
Testes com modelos autônomos estavam parados desde 2018, após acidente que matou uma pedestre no Arizona
Os carros autônomos da Uber estão bem próximos de entrarem oficialmente no mercado. A partir de novembro, a empresa começa a operar os modelos autônomos SUVs da Volvo em Dallas (Texas), mas ainda de forma manual, a fim de coletar dados para ajudar a construir os mapas de alta definição usados para o sistema de direção autônoma.
As viagens também permitirão à equipe de carros autônomos da Uber capturar cenários cotidianos da rua que podem ser recriados em simulação e em sua pista de teste.
De acordo com o comunicado da Uber: “Dallas oferece a oportunidade de explorar um tipo diferente de rede de estradas para nossa tecnologia de direção autônoma. A infraestrutura moderna da cidade, padrões de tráfego exclusivos, características das estradas e o clima oferecerão novas informações que podem ajudar nossos esforços contínuos de engenharia”.
A promessa dos carros autônomos da Uber é antiga. Os testes em Dallas são apenas mais uma etapa da operação que começou em 2016, mas foi suspensa em março de 2018, quando um dos carros atropelou Elaine Herzberg, em Tempe, Arizona. O veículo tinha um motorista de segurança atrás do volante, mas a tecnologia e o motorista de segurança não conseguiram localizar a pedestre enquanto ela atravessava a rua à noite.
Antes disso, a Uber estava operando seu programa de direção autônoma em quatro cidades – três nos Estados Unidos e uma no Canadá. Os modelos dirigiam em uma velocidades de até 55 km/h, e também operavam à noite e em várias condições climáticas.
Em dezembro de 2018, 8 meses após o incidente em Tempe, a Uber anunciou que as autoridades tinham permissão para reiniciar os testes autônomos em Pittsburgh, mas de forma significativamente reduzida e com alterações no plano inicial, incluindo a velocidade máxima de 40 km/h.
A Uber disse no comunicado que, para atingir seu objetivo de criar um sistema autônomo completo para uso em seu serviço de compartilhamento de viagem, deve “abordar a construção dessa tecnologia com cuidado e com um forte senso de responsabilidade para as comunidades”.