SXSW 2018: Participação das mulheres cresce no festival
Painéis e palestras protagonizadas por mulheres no evento aumentaram na edição deste ano
O SXSW 2018 ainda tem mais três dias por vir, mas pra mim uma coisa já está mais do que clara: neste ano, o meu festival finalmente teve claro protagonismo feminino. E falo do meu porque aqui cada um escolhe o que vai ver, certo?
Estou dizendo que antes as mulheres não falavam por aqui? Não. Já tivemos no palco princesas árabes como a princesa Reema, filhas de ex-presidente como Chelsea Clinton e transgêneros como (a incrível) Martine Rothblatt. Escrevi sobre elas aqui no B9, pra quem quiser ver é só clicar nos links que deixei neste parágrafo.
Mas nos meus cinco anos anteriores por aqui eu nunca vi tantas mulheres falando sobre tantos assuntos que antes eram protagonizados por homens. Simone Sanders brilhou ao falar de política, Christiane Amanpour veio pro palco com toda a sua credibilidade de Correspondente Internacional da CNN e Bozoma Saint John falou sobre duas indústrias dominadas pelos meninos no passado, a música e os transportes.
O que foi mais interessante pra mim, porém, foi ver Esther Perel e Christiane Amanpour falarem sobre a questão com um olhar inclusivo, mostrando que a mudança no papel, protagonismo e igualdade de pagamento femininos só se darão de forma sustentável com a evolução de um novo masculino, um processo a ocorrer em paralelo.
Acho que é hora de usar um dos princípios de uma outra conversa que tive aqui, esta com o designer canadense Bruce Mau: o que nós todos precisamos como sociedade é desenhar uma nova norma. Isto passa por quebrar o molde que usamos hoje pros ambientes de trabalho e desenhar novos modelos organizacionais que sejam capazes de serem igualmente atrativos e acolhedores para a força de trabalho cada vez mais diversificada que vemos por aí. Como bem diz Peter Drucker, a melhor forma de prever o futuro é criá-lo. #TáComAGente