Mesmo com acordo com Oracle, TikTok será banido dos EUA no próximo domingo
O WeChat também está previsto para sair do ar no país
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Os últimos quarenta dias foram exaustivos, mas no fim todos os esforços do TikTok para continuar existindo nos Estados Unidos pelo visto foram inúteis. O Departamento do Comércio estadunidense confirmou na manhã desta sexta (18) que a rede social da ByteDance e o WeChat terão seu acesso bloqueados no país a partir do próximo domingo, 20 de setembro, uma medida que vale tanto para os ecossistemas do Google Play e da App Store quanto para terceiros que tivessem interesse em ancorar as plataformas na região.
No anúncio, o secretário do comércio Wilbur Ross confirma que a ação foi tomada de acordo com ordens do presidente norte-americano Donald Trump. “As ações de hoje provam mais uma vez que o presidente Trump fará de tudo em seu poder para garantir a segurança nacional e proteger o público estadunidense das ameaças do Partido Comunista Chinês” escreve o oficial no documento; “Seguindo as direções do presidente, nós tomamos ação significativa para combater a coleção maliciosa de dados pessoais dos cidadãos americanos pela China, enquanto promovendo nossos valores nacionais, normas democráticas baseadas em regras e o reforço agressivo das leis e regulações norte-americanas”.
O banimento acontece a partir de quatro pilares estabelecidos pelo governo. A partir do dia 20, tanto o WeChat quanto o TikTok estarão proibidos de providenciar serviços de ancoragem, estabelecer uma rede de entrega de conteúdo, contratar empresas de trânsito de internet e utilizar quaisquer tipos de código, funções ou serviços de softwares desenvolvidos ou acessíveis nos EUA para o funcionamento de seus respectivos aplicativos no país. Embora o TikTok tenha até dia 12 de novembro para atender os últimos dois critérios, o Engadget escreve que essas especificações foram feitas para impedir que qualquer uma das duas plataformas seja ativada no país a partir do uso de redes virtuais privadas, os famosos VPNs.
O banimento acontece dois dias depois da Bloomberg reportar que Trump não teria gostado do acordo traçado entre a ByteDance e a Oracle para manter o TikTok ativo no país, chegando a afirmar inclusive que “não estaria preparado para assinar qualquer documento” relacionado ao negócio. O desgosto do chefe do executivo com o plano é que ele em tese não muda qualquer aspecto da estrutura do TikTok, visto que a Oracle apenas se tornaria “o provedor confiável de tecnologia” do aplicativo e permitiria que a ByteDance mantivesse o controle da rede social.
A decisão subsequente de manter o plano de suspensão das redes para o dia 20 de setembro também parece vir em caráter definitivo para toda a situação, já que ao contrário do decreto emitido no dia 6 de agosto ela não permite que a ByteDance ou a Tencent providenciem soluções que revertam o bloqueio. A única esperança das duas companhias, agora, parece residir no processo movido pelo TikTok contra o decreto.