Facebook e Instagram finalmente banem nacionalistas e separatistas brancos de suas plataformas
Redes sociais de Mark Zuckerberg dão passo importante no combate aos discursos de ódio
Após muitos protestos, o Facebook e o Instagram finalmente decidiram banir os nacionalistas e separatistas brancos de suas plataformas. Como reportou o Motherboard, as duas redes sociais passarão a tratar esses grupos da mesma forma que trata os supremacistas brancos.
“Inicialmente, não utilizamos o mesmo raciocínio para regular expressões de nacionalismo e separatismos pois estávamos pensando em conceitos mais amplos para os termos – ideias como o orgulho americano e o separatismo basco são uma parte importante da identidade das pessoas”, afirmou o Facebook em declaração oficial.
A situação mudou pois nos últimos anos ficou mais fácil de identificar os grupos de ódio que se apresentam sob a alcunha de “separatistas” e “nacionalistas” – geralmente com branco no nome –, e são justamente os grupos que promovem discursos de ódio e possuem ideologias que ferem os direitos humanos.
Em 2018, o Facebook baniu oficialmente os supremacistas brancos de suas plataformas. O movimento deriva da crença em que as pessoas brancas devem estar no poder da nação, enquanto para os separatistas brancos, o desejo é por estabelecer uma nação composta apenas por brancos, banindo pessoas de outras etnias e controlando a imigração.
A ascensão desses grupos não é novidade e tem se tornado mais notória nos últimos anos. Outras empresas têm se movimentado para combater esses grupos. Em 2017, o Google prometeu usar algoritmos para enfrentar os crimes de ódio após as manifestações racistas de extrema-direita (os próprios se apresentam como “alt-right”, inclusive) em Charlottesvile. Também em 2017, o Airbnb se posicionou ao rejeitar hospedar grupos de ódio.
A medida do Facebook passa a valer na próxima semana. Vale lembrar que, recentemente, várias plataformas também se uniram para banir conteúdos sensacionalistas de extrema-direita do InfoWars e de Alex Jones, que criou o boato de que o massacre de Sandy Hook foi forjado pela esquerda para fortalecer o lobby pró-desarmamento. O movimento para combater a intolerância é, portanto, global, e vem sendo adotado por diversas marcas de peso: desde aplicativos de serviços, como é o caso do Airbnb, até as redes sociais mais populares, como Facebook, Instagram e até o Twitter.