New Mobility – o palco das discussões sobre a mobilidade do futuro.
Como iremos nos locomover no futuro?
Há no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo uma área dedicada às discussões sobre o futuro da mobilidade. Nesta arena, diversos debates colocam executivos de montadoras ao lado de representantes de outras empresas para discutir o que vem por aí.
Na noite de sexta-feira (9), tivemos a oportunidade de assistir ao debate “Como será o futuro da mobilidade?”, com participações de Ralf Spierling (Head of Sales Electrification da Bosch), Luis Fernando Guidorzi (Parceiro de negócios no Facebook para indústria automotiva), Guira Blumer Baretto (Intelligent Mobility Leader da Frost & Sullivan), Paulo Maisonnave (Especialista de Inovação da Enel X) e Rogério Louro (Diretor de Comunicação Corporativa da Nissan).
E o que saiu deste papo?
Bom, já sabemos para onde aponta o futuro do automóvel: ele será elétrico e autônomo. Elétrico porque a indústria deverá zerar as emissões de carbono. Autônomo porque o trânsito deve ser cada vez mais seguro no futuro. De acordo com Louro, da Nissan, esta busca na montadora já é uma realidade: zerar as emissões e as mortes no trânsito são metas da empresa.
Mas e o prazer de dirigir? Uma previsão de Maisonnave é que existam carros a combustão em autódromos fechados, apenas pela nostalgia. Tal qual o cavalo – que já foi transporte, mas hoje são encarados como recreação – o carro a combustão será uma diversão. No futuro, não fará muito sentido no trânsito do dia-a-dia. Ele, que se define como um entusiasta da mobilidade, afirma que a Enel X já tem como missão desenvolver soluções inovadoras para o mercado e uma nova experiência do uso da energia.
Os custos por quilômetro rodado do carro elétrico já são mais baixos hoje, e o preço das baterias vem caindo. O resultado é que as vendas de carros elétricos no mundo não param de subir, superando as vendas dos híbridos nos EUA. Quanto mais estes custos caírem, mais popular poderá ser o veículo.
Uma previsão econômica interessante é a de quanto poderá ser movimentado em serviços a serem utilizados nos carros. Se hoje, seja dirigindo (e infringindo algumas leis de trânsito) ou como passageiros, as pessoas estão movimentando dinheiro enquanto se deslocam, seja fazendo compras, acessando serviços de informação e entretenimento ou mesmo planejando a chegada ao destino. Os serviços focados no consumo em trânsito devem explodir nos próximos anos – mas já existem hoje (você já conhece a Família B9 de Podcasts?).
Seja começando, como aqui no Brasil, ou já com um mercado em desenvolvimento, as mudanças estão vindo aí. Nos próximos posts, vamos explorar também um pouco das mudanças que também vão acontecer em nossas casas e nos locais de trabalho ao optarmos por novos meios de locomoção.