SXSW 2018: A nova geração de mulheres ao redor do mundo segundo Christiane Amanpour
À partir das relações de amor e sexo, lendária correspondente internacional da CNN discute no festival sobre como a população feminina mais jovem está superando barreiras para ajudar o mundo
Kara Swisher, editora do Recode, entrevistou a lendária correspondente internacional da CNN Christiane Amanpour sobre seu novo projeto de investigar como mulheres de diferentes culturas e religiões ao redor do mundo lidam com o amor e o sexo.
Do bondage em Berlim às plásticas no hímen no Líbano, Amanpour conversou com paixão e assombro sobre as diferenças e semelhanças que partilhamos nessa jornada de descobrimento e empoderamento feminino. A correspondente falou sobre como a nova geração está explodindo independente de suas culturas e conflitos. As mulheres são – por exemplo – mais de 50% das universidades nos lugares menos esperados como o Irã, além de estarem conquistando a independência econômica.
Assim, de forma silenciosa, o movimento #MeToo já está acontecendo ao redor do globo. As mulheres estão empurrando as barreiras e construindo o novo mundo com suas próprias mãos. E foi isso que ela viu nos quartos e nos bares que visitou.
Por isso que quando perguntada em que país as americanas deveriam se inspirar, ela depois de refletir respondeu: “olhem para a nova geração”.
A conversa ainda passou por fake news, e seu impacto na democracia. A jornalista citou um recente estudo encomendado pelo Twitter que demonstra o quanto a verdade tem menos apelo, alcance e, portanto, engajamento em relação aos fatos fabricados. Não são os robôs que preferem as mentiras e as repercutem e sim somos nós, porque os humanos gravitam em torno de notícias extraordinárias que parecem valer a pena compartilhar. Ela dividiu um conselho: se parece extraordinário, provavelmente é, ou seja, não é verdade.
Nós estamos em perigo, advertiu Amanpour, se não soubermos mais a diferença de verdade e mentira. É isso que nos separa da ditadura. Este é um ponto em que não podemos ser divididos. Esta é uma causa comum a todos.