Pela primeira vez, Facebook acrescenta Instagram em seu relatório de transparência
Apesar da novidade, ficaram de fora do relatório informações sobre como contas falsas, discursos de ódio e conteúdo violento são regulamentados no aplicativo
A cada trimestre, o Facebook divulga o seu relatório de transparência dos “padrões da comunidade”, que acompanha os esforços contínuos da empresa para moderar o conteúdo na plataforma. E pela primeira vez, a empresa acrescentou o Instagram no documento.
Os dados sobre o Instagram mostram como a empresa modera conteúdos relacionado à exploração infantil, danos pessoais, propaganda terrorista e vendas de drogas e armas de fogo. Porém, ficaram de fora do relatório informações sobre como contas falsas, discursos de ódio e conteúdo violento são regulamentados no aplicativo.
A adição do Instagram ao relatório é fundamental, especialmente porque a plataforma já está sendo bastante usada para espalhar fake news sobre as eleições do ano que vem nos Estados Unidos.
É um tanto inexplicável o Facebook ter deixado de fora informações relacionadas à proliferação de contas falsas no Instagram, principalmente porque a empresa compartilhou sobre esses dados em relação a sua plataforma homônima. No caso, as contas falsas continuam a representar cerca de 5% dos usuários ativos mensais, mesmo com a empresa fazendo o trabalho de verificação e bloqueio de grande parte.
Em todo caso, dentro das infos compartilhadas pelo Facebook, a empresa diz ter detectado conteúdos considerados gatilhos prejudiciais à saúde mental antes que deles se espalharem pelo Instagram. De acordo com o relatório, desde maio a empresa removeu cerca de 845 mil peças relacionadas ao suicídio.
No geral, a empresa ainda é mais eficiente no Facebook. Por exemplo, enquanto o Facebook diz que captura 99% do conteúdo relacionado à exploração sexual de crianças na plataforma do Facebook, no Instagram o número apresentado é de 94,6%.
A capacidade do Facebook de detectar e remover mensagens que vendem drogas ou armas de fogo também impressiona. Desde maio, a empresa diz que removeu cerca de 2,3 milhões de peças relacionadas à venda de armas de fogo no Facebook, 93,8% das quais foram encontradas antes de se espalharem entre os usuários.