The Next Day: a volta de David Bowie
Novo álbum em 10 anos é a continuação natural de uma discografia de respeito
Longe dos holofotes e da mídia por 10 anos – mas sempre no coração e nas playlists dos fãs – David Bowie retornou ao mercado com seu novo (e guardado a sete chaves) The Next Day.
Lançado após dois anos de reclusa gravação com praticamente o mesmo time de Reality – e com a assinatura tradicional do produtor Tony Visconti – The Next Day parece um tributo de David Bowie para ele mesmo. Obvia e felizmente, o disco não tem essa pretensão, e o que se ouve 10 anos depois do hiato de Bowie poderia muito bem ter sido ouvido em 2005. Ou seja, The Next Day parece uma continuação mais do que natural para o que ele já fazia uma década atrás.
Todas as suas marcas registradas estão lá: o alto nível das melodias, o flerte com o drama, a experimentação instrumental requintada que esbanja bom-gosto e os arranjos de arrepiar a espinha e de causar inveja, como no caso das incríveis e espetaculares How Does The Grass Grow?, Boss Of Me e da maravilhosa You Feel So Lonely You Could Die.
The Next Day traz todas as personas de Bowie de volta, em plena forma. E vai satisfazer todo mundo que estava carente por um material novo do mestre. Se você gosta de David Bowie, prepare-se para adorar o disco novo. Pode não ser revolucionário como alguns esperam, mas é glorioso. É Bowie de volta com fôlego total, conscientemente revisitando o melhor de seu passado com o cuidado de não cair na nostalgia rasa, incorporando seu toque inovador de sempre. E isso já é o bastante para fazer de The Next Day uma experiência emocionante.
Ziggy Stardust está de volta, Aladdin Sane está de volta. The Thin White Duck está de volta.
Bem-vindos.
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