Novo aplicativo ensina linguagem de sinais para a Alexa
Idealizador do projeto quis resolver deficiência grave dos assistentes tecnológicos que afeta diretamente a população com problemas de voz
Assistentes de voz tecnológicos hoje em dia são tratados como o futuro dos lares pela sociedade, com o Google Home e a Alexa da Amazon liderando um mercado que se prepara para ter casas automatizadas ao ponto de um comando falado pelo dono fazer a casa inteira se remexer. Se por um lado este cenário é promissor por tantos motivos, por outro ele exclui quaisquer usuários com problemas de voz de sua utopia sem perceber, já que tudo em teoria será feito à base de som.
Foi por conta deste empecilho que Abhishek Singh resolveu criar um aplicativo que ensinasse à Alexa a linguagem de sinais. E a metodologia empregada pelo codificador para resolver o problema foi relativamente simples: ele construiu um sistema que com um câmera apreende os gestos emitidos pelo usuário e os traduz para uma voz eletrônica, que informa ao assistente tecnológico a instrução que ele quer passar para o aparelho. Esta forma um tanto criativa de fazer o mudo falar foi registrada em um vídeo no YouTube, que você pode conferir na íntegra acima.
Segundo o coder, o sistema funciona à base de uma inteligência artificial construída em cima de uma plataforma Tensorflow, um popular aparelho de aprendizado. Depois de entendido os sinais, a plataforma transmite para a ferramenta de text-to-speech do Google a frase proferida pelo emissor para que as falas sejam emitidas em voz alta para a Alexa.
“O projeto foi um experimento pensado e inspirado pela observação de algumas tendências seguidas pelas empresas de assistentes de voz como uma forma de criar interações rápidas e instantâneas. Se estes aparelhos vão se tornar centrais na maneira como interagimos com nossas casas e desempenhamos nossas tarefas, então alguma atenção deve ser dada para aqueles que não podem falar” afirma Singh sobre sua nova criação ao Co.Design, que continua dizendo que sua esperança com o projeto é que a Amazon e o Google percebam esta deficiência em seus produtos: “Em um mundo ideal eu teria construído isto diretamente no sistema, mas estes aparelhos ainda não são hackeáveis, então não consegui achar uma maneira de fazer isso” ele justifica.