UltraViolet: DRM do bem ou mais dor de cabeça para os consumidores de entretenimento?
A indústria de entretenimento e mídia acordou essa manhã com uma notícia: o lançamento do sistema UltraViolet. Trata-se de um formato de segurança digital que pretende ser o padrão entre os maiores estúdios e distribuidoras do planeta.
Porém, como disse a All Things Digital, UltraViolet também pode ser a abreviação para “Coalisão de DRM Incluindos Todos os Gigantes da Mídia Exceto a Apple e a Disney”.
Para a DECE (Digital Entertainment Content Ecosystem) – criadora do UltraViolet e que é a associação de quase 60 empresas de entretenimento – é DRM, mas um “DRM do bem”, já que ele não vai dificultar a vida do usuário na hora de utilizar seu arquivos de mídia nos mais diversos equipamentos.
Simplisticamente falando, UltraViolet é gerenciamento de direitos digitais baseado na Web (Cloud DRM). Todo o conteúdo fica online, e você pode fazer streaming de filmes e séries pra sua TV ou computador. Mas segundo o anunciado pela DECE, você também não terá problemas em gravar o conteúdo em um DVD, por exemplo.
O que resta saber é se esse formato UltraViolet vai conseguir conversar com a miríade de formatos e equipamentos e, ainda mais, qual é a força da Apple nessa história, que há algum tempo já vende conteúdo musical sem DRM.
Na verdade, eu tenho é medo dessa tentativa gigantesca de controle de conteúdo. O objetivo é evitar pirataria e o fim de grupos que ainda se sustentam baseados em um modelo ultrapassado, mas quem paga o preço é sempre consumidor que compra e consome mídia “legalmente”. De qualquer maneira, provavelmente vamos ter que nos acostumar a ver esse logo roxo e cinza com um UV.
Dá uma olhada no site do UltraViolet para ver quais são as empresas que irão aderir ao formato.