Transcrição: Mamilos 47 - Edição de Aniversário • B9
Mamilos (Transcrição)

Transcrição: Mamilos 47 - Edição de Aniversário

Mamilos • Mamilos (Transcrição)

Capa - Transcrição: Mamilos 47 - Edição de Aniversário

Jornalismo de peito aberto

Esse programa foi transcrito pela Mamilândia – grupo de transcrição do Mamilos

Início da transcrição:
[Vinheta de abertura]

Este Podcast é apresentado por B9.com.br

(Bloco 1) 0’ – 10’59”

Cris: Mamileiros e Mamiletes, sejam bem vindos ao Mamilos número 47, esse seu podcast para tratar de temas polêmicos da internet com respeito, empatia e pitadas de bom humor. Eu sou a Cris Bartis e essa é minha amiga de bancada…

Ju: Ju Wallauer.

Cris: E juntas vamos trazer vocês pra mais que informações, vamos fazer provocações.

Ju: Você que nos ouve e sempre pensa ‘ai, depois eu escrevo pra elas…’. Chegou a hora. Entre em contato conosco, canal é o que não falta. Pode ser pelo Facebook do Mamilos, no Twitter ou no Periscope no perfil @mamilospod, também tem Pinterest, pinterest.com/mamilospod ou você pode mandar aquele tradicional email no [email protected] e pode contribuir com esse projeto pelo Patreon no patreon.com/mamilos

Cris: Mas não faça o seu contato agora, temos mais um canal! Porque canal pouco é bobagem e no meio dessa onda toda não é que com a ajuda da nossa nova equipe de voluntários agora você também pode seguir o Mamilos no Instagram. É verdade amiguinho! Acompanhe o @mamilospod.

Ju: Falando em Patreon, gente, um Patreon dá pra comprar sutiã sim, a gente prefere investir no programa. Então fica aqui nosso muito obrigada para todos os patronos que nos dão a oportunidade de viabilizar esse conteúdo com tanto carinho. Muito obrigado!

Cris: E no Som do Mamilos, Caio, Caioo, Caiooo, o que que tem pra
hoje?

Caio: Olá, personas! Corraini aqui novamente para trazer pra vocês quem abrilhantará musicalmente o Mamilos dessa semana. Entretanto, contudo, todavia eu queria ser um pouquinho anarquista aqui e pegar esse espaço pra falar algumas coisas. Esse episódio marca a comemoração de um ano do Mamilos e eu tenho a sorte de estar com elas desde o terceiro episódio, né, onde eu assumi a edição do programa depois de ter começado a trabalhar com o Braincast. Com esse foram 45 episódios que eu editei, 45 episódios de um constante aprendizado que é muito importante e que hoje eu posso dizer que fez de mim uma pessoa muito melhor. Então nessa data tão querida eu só queria deixar um beijo extremamente carinhoso para as duas melhores chefes e amigas que eu já tive. É um orgulho, um prazer e um privilégio estar aqui com vocês todas as semanas, eu amo muito vocês duas, eu amo muito esse projeto e eu tenho certeza de que milhares de pessoas por todo o mundo também se sentem assim. Agora, de volta para a minha coleira eu preciso dizer para vocês enviarem suas dicas musicais para o e-mail [email protected]. [email protected]. Essa semana a gente vai ouvir o Projeto Rivera, um grupo de pop, rock e folk lá do Ceará cujas letras remetem ao interior do nordeste. Então fiquem aí com Projeto Rivera no Som do Mamilos.

[Sobe trilha]

Eu não posso te ensinar, não tem como ensinar
Só vivendo pra entender
Estradas, perrengues, fotos que eu tirei com meu olhar
Nada vai apagar, nada vai apagar
Nadei em rios alheios
Construí fronteiras que aprendi a atravessar
Como a chuva lavando sempre um novo lar lá

[Desce trilha]

Ju: E o ‘beijo para’: primeiro um gigante obrigada para o grupo de Mamileiros e Mamiletes que estão nos ajudando a profissionalizar nossas capas e posts. É uma galera muito especial que tá aprontando altas confusões. Quem é Cris?

Cris: Robson Bravo

Ju: Doug Lobo

Cris: Renan Faneli

Ju: Jessica Correia

Cris: Rayla Carvalho

Ju: Luisa Amorim

Cris: Guilherme Alvim

Ju: Cássia de Almeida

Cris: Vanessa Oliveira

Ju: Juliane Mateus Costa

Cris: Tati Mamprim

Ju: Felipe Motta

Cris:Juliana Claudino

Ju: Ana Carol

Cris: Johnny Miller

Ju: Fernando Edson de Souza

Cris: Thiago Alvarenga

Ju: Ingrid Niara Ortega

Cris: Fábia

Ju: Fernanda de Almeida Coelha

Cris: Vanessa Dantes santos

Ju: Fernando de Almeida Coelho

Cris: Alexsander Decker

Ju: E também vamos para um beijo pra Porto Velho, em Rondônia

Cris: Beijo pra Itu, São Paulo

Ju: Beijo pra Quixadá no Ceará

Cris: Madalena, mãe do Lucas

Ju: Pra vila São Pedro – Distrito de Jucaz, fica no interior do Ceará que tem só 6 mil habitantes, mas entre eles está a Mamilete Erislaine.

Cris: Beijo Eri! Vamos começar o merchan com um merchan mamilético. Gente do céu, não é que nós saímos no Estadão, menina?

Ju: E olha só, só a nossa foto, só o nosso corpinho bonito, na verdade quem saiu foi o Agê, marido da Cris, e o Bressani que tiraram fotos muito legais da nossa equipe no MamilosPub e aí a nossa foto era tão legal que eles usaram pra ilustrar a matéria.

Cris: Mas o que a gente falou que é bom…

Ju: Nada… meia hora de entrevista e saiu uma gracinha da Cris. Foi isso.

Cris: Eu fui vítima, eu tô sendo zoada, tô sendo amplamente zoada no trabalho porque eu quero deixar bem claro para vocês, a pergunta era assim: ‘mas vocês ganham dinheiro com isso?’ E a gente virou e falou assim ‘não, nem pra comprar um sutiã. A gente tem a nossa própria carreira, a gente faz isso como uma realização pessoal e a gente tem o Patreon para reverter para o próprio programa, pra divulgar o programa’. O que que saiu?

Ju: ‘Podcast não dá dinheiro nem pra comprar sutiã’

Cris: [Risos] Mas pelo menos valeu pela divulgação. A gente mostrou pra mãe e tá valendo, foi massa.

Ju: Que mais? O Mamilos foi convidado pra conduzir o painel sobre gênero na publicidade, na Desconferência do Planejamento do GP em dezembro. É uma honra pra gente participar desse evento que conta com a presença de quem?

Cris: Meu Deus do céu…

Ju: E agora?

Cris: Ai ai ai

Ju e Cris juntas: Fernando Haddad, beijo Haddad!

Ju: E o Pondé como palestrante, principalmente pra discutir um tema que é tão polêmico e necessário, que vocês sabem que a gente gosta de falar sobre isso. Já tá confirmada a participação no nosso painel da Carla que é diretora de planejamento da Heads que acabou de divulgar uma pesquisa sobre representatividade na publicidade. A pesquisa é super legal, eu já fiz um post sobre isso no B9, se você ainda não leu, leia. A gente tá super empolgada, quem é planejamento não pode perder esse evento. E além disso, gente, preciso falar do Workshop Nine. As vagas se esgotaram quando não tinha conseguido colocar nem descrição, o programa ainda, esgotou…

Cris: [Comemorando] EEEEEEEE

Ju: E aí, desespero, dor de barriga e eu falei ‘não gente peraí, vamos abrir uma outra lista e tal’. Só que é o seguinte, a lista de espera do primeiro curso já esgotaria a segunda data, então se você quer participar, corre, porque quem pagar primeiro confirma as vagas, provável que quando esse programa for ao ar na sexta tenha pouquíssimas, pouquíssimas vagas, se tiver. Então assim, se você quiser participar corre, mas assim por acaso se quando esse programa for ao ar já estiver esgotado, não fique triste…

Cris: Não rasgue os seus cupons!

Ju: A gente volta. A única coisa é que assim, esse ano os preços são promocionais porque a gente tá testando, tá testando o formato e tal. Ano que vem ele vem vim [vir] com preço dos workshop nine que você conhece. Então quem quiser participar esse ano vale a pena, vai ser melhor esse ano, mas não fique triste, não é a única oportunidade na vida, ainda estarei por aqui com vocês, ok? Vamos pro ‘fala que eu te escuto’?

[Sobe trilha]

[Desce trilha]

Cris: Vamos então pro ‘fala que eu te escuto’. Vamos começar com o Fernando Junior:

Ju: “Nessa questão da papinha, a Ju me pareceu um pouco 8 ou 80, primeiro porque ela disse que o ideal seria se só tivesse conscientização mas para a maioria dessas leis, a conscientização seria complementar e não excludente, parece que ela disse que só a conscientização deveria ser feita. Outra coisa, se a proibição fosse feita pelo Conar seria mais aceitável? Só se o Estado que faz é que é inaceitável? Enfim, talvez a melhor solução não seja a proibição, mas sim uma publicidade voltada pras necessidades das crianças e das mães em relação a esses alimentos, não quer dizer, necessariamente, eliminar a publicidade desses alimentos, mas sim que seja feita uma publicidade voltada pro complemento, pra mães e crianças que não podem por alguma razão obter os alimentos pela amamentação. Eu achei ótima a proibição de não colocar dizeres nas embalagens indicando esses produtos como os mais adequados ou os mais essenciais pra criança e simplesmente que eles podem ajudar na alimentação da criança como um complemento.”

Cris: A Rebeca disse “Eu tenho fobia social e por enquanto minhas amizades tão restritas à internet. Sei que não é a mesma coisa que a amizade presencial, mas assim como eu, muitas pessoas tem dificuldade de começar desenvolver e manter amizade com pessoas que a gente vê pessoalmente, minhas amizades internéticas são extremamente importantes para o meu bem estar e me dão força para continuar minha batalha contra a fobia social e depressão que às vezes parece interminável.”

Ju: O Renan disse que “o Mamilos virou a melhor coisa do B9, sempre gostei do Braincast e do Anticast mas porra… Parabéns Ju e Cris. Já fui muito escroto e ainda sou – não é a história de quase todos os homens? – Ele que tá dizendo – mas o papo de vocês realmente me ajuda, continuem e quando for para parar aí é que tem que continuar.”

Cris: Muitas pessoas se emocionaram com a história da amizade, muitas pessoas nos escreveram dizendo que choraram a hora que escutaram. Amigas que ouviram, comentaram que se emocionaram muito e eu acho que traduz bem o comentário da Ana Carol “eu queria muito agradecer vocês pelo Mamilos 46, principalmente pelo Trending Topics “o que constrói a amizade”. Ouvi as histórias e opiniões de vocês principalmente sobre perdoar e deixar seguir, isso me fez reatar uma amizade de muito tempo que eu havia interrompido por pirraça. Eu sou de Santa Catarina e moro em Campinas há dois anos e todos os meus amigos ficaram no sul. São poucos os que ainda mantenho contato e essa minha amiga, melhor amiga, havia pisado na bola comigo e eu decidi que eu não queria isso por perto. Não fosse pelas experiências de vocês eu ainda estaria sentindo a minha solidão. Após ouvir o Mamilos 46, chamei ela no Facebook, batemos o maior papo. Pedi desculpa por ter deixado ela de lado e, como uma boa amizade, tudo voltou ao normal. Obrigada Mamilos por trazer tanto amor para nossas vidas.” Ai que fofa!

[Sobe trilha]

e desliga seu celular
que a banda vai passar

[Desce trilha]

(Bloco 2) 11’ – 20’59”

Cris: Vamos então ao Trending Topics, com o Giro de Notícias. O Instagram parece ter adotado algoritmo do Facebook e começa a moderar o que aparece para os usuários. [Cantando] Acabou a mamata.

Ju: É então, parece que era o último bastião de liberdade da internet e agora tudo vai ser filtrado, né. Então…

Cris: Tudo será filtrado contra você no tribunal. Aplicativo para o Bolsa Família lançado pela Caixa Econômica Federal levanta polêmica. A mim me parece a sede interminável do governo por aplicativos mobile que nunca serão usados. É, é um problema para quem trabalha com isso.

Ju: Só do governo, né. Ainda bem!

Cris: (Risos)

Ju: Por que nas empresa que eu faço, ninguém jamais faria um aplicativo que ninguém iria usar, gente. Isso é coisa que a iniciativa privada não faz!

Cris: Né!

Ju: Não que eu esteja certa galera, deixando bem claro, pra quem tem dificuldade de interpretar de texto.

Cris: E o desastre da semana né, a barreira de rejeitos da mineradora Samarco rompeu e uma tsunami de lama varre o vilarejo em Mariana. Nossa solidariedade para toda a região. A última notícia que eu li é que a lama está chegando já ao Espírito Santo. O negócio alastrou muito e tem uma coisa que pode resumir isso é: não foi acidente.

Ju: É, principalmente a proporção das coisas é que não está chegando, eu vi alguns comparativos em relação a outros desastres naturais que foram largamente divulgados na mídia global. E isso é, acaba ficando superlativo em relação a tudo, é maior do que tudo. Eu espero, que jornalismo cumpra o seu papel, filtre as informações do que é verdade, do que é mentira, do que é relevante, do que é irrelevante e consiga trazer para população como que essa informação impacta na vida das pessoas. Qual é a consequência, porque o que eu escuto aqui é vai demorar 10 anos para a fauna e para flora se restabelecerem. Você tem famílias, comunidades, vidas impactadas diretamente e empresas que não estão conseguindo trabalhar. Então assim, está faltando um trabalho grande de jornalismo aí para nos ajudar a interpretar o que está acontecendo.

Cris: E agora vamos ao tema principal do Trending Topics. Qual é, Juliana?

Ju: O único tema dessa semana. Esse é o Mamilos especial comemorativo ao nosso aniversário. O Mamilos está completando um ano.

Cris: [Cantando] Eeeeeeeeee parabéns para nós…

Ju: E aí o que a gente quer nesse programa, a gente sabe que muita gente chegou no meio do caminho, a gente sabe que tem gente chegando todos os dias. Então a gente quer falar um pouquinho sobre a nossa história, da onde a gente veio, quem nós somos… [Cris: Para onde vamos!] (risos) Para onde vamos! O que que a gente já fez. Que se você chegou no meio do caminho vale a pena voltar a escutar. Enfim, vai aqui uma edição especial do Mamilos. A gente vai começar uma entrevista que a gente deu para o PH Santos, que conta como a gente se conheceu! Como começou Mamilos. Por que Mamilos? De onde que saiu esse nome, que é o que todo mundo quer saber. Se a gente já se conhecia antes. Qual era o objetivo do Mamilos? Por que que a gente começou fazendo exatamente isso. Então, vale a pena a curiosidade sobre o início do Mamilos.

Cris: E agradecimento ao PH, que gentilmente cedeu para a gente o áudio do programa para que a gente pudesse usar a entrevista que demos para ele aqui para vocês ouvirem também. O PH é um excelente entrevistador e conseguiu tirar coisas da gente que a gente nem tinha elaborado. Então, para que nós não falemos de nós mesmas, vem aí o PH perguntando e a gente respondendo com maior carinho.

PH: Cris Bartis e Juliana Wallauer enfim, posso chamar vocês de meninas, assim? Ficar chamando ‘as meninas do Mamilos’?

Cris: Eu acho super gentil. (Risos)

PH: É!

Cris: Eu prefiro do que: “As senhoras do Mamilos”. (Risos).

[Risos da Ju]

PH: (Risos). Então, está aí, as meninas do Mamilos. O meu podcast preferido do momento.

Cris: Ahhhhnnnnnnn

Ju: Mentiraaaaa! Sério? Você fala isso pra todas.

Cris: Você diz isso pra todas!

Ju: Certeza!

PH: Procure, procure! Ôh, eu quando eu gravei com, deixa eu me lembrar, com ‘O Nome Disso é Mundo’….

Ju: Esse é o seu preferido, você falou que ele era seu preferido e eu fui ouvir.

PH: É ele é! É. Eu vou falar, vou falar, o Filipe Teixeira vai me ouvir. Ele era o meu preferido só que aí vocês ganharam o posto. Por dois motivos: o primeiro é que vocês são muito calmas quando vocês apresentam as coisas, eu gosto de paz.

Cris: Porque a gente bebe antes.

PH: Talvez, vamos descobrir esse segredo já já.

[Risos da Ju]

PH: E o outro ponto é que minha esposa escuta comigo, é o único podcast que ela escuta comigo.

Cris: Cara, isso é uma das coisas mais legais que acontecem no nosso podcast, que ela une casais.

PH: Isso.

Ju: É verdade!

Cris: Que as mulheres querem ouvir junto, porque elas querem conversar com alguém a respeito, então…

PH: Pois é, pois é.

Ju: E é muito mais… o que a gente vê muita gente falando é o seguinte: Podcast acaba sendo uma cultura, um hábito. E como uma coisa é um pouco rara. Porque a maior parte das pessoas não sabe nem o que que é, como que faz ou do que se alimenta, então o cara que escuta podcast quer compartilhar aquilo com a namorada dele. E por mais que ele tenha apresentando vários, ela nunca gostou, nunca viu a graça e ela tipo, não consegue entender o que ele tanto vê nessa mídia. [PH: Nesse negócio.] E aí de repente, daí de repente, quando ele mostra pra ela o Mamilos e ela se apaixona, isso é uma coisa que o cara escreve pra gente falando: “Caralho finalmente. A gente compartilha isso, sabe.”

Cris: Muita gente escreve falando: “apresentei para minha namorada, agora a gente ouve juntos, passa horas conversando sobre o assunto”. Então assim: Mamilos Unindo Corações.

PH: Unindo corações, exatamente! E encurtando viagens, porque antes a gente viajava para o interior, a gente viaja praticamente uma vez por mês para o interior que é mais ou menos quatro horas dirigindo daqui, né. Que é o interior dela. E antes a gente ia escutando Beyoncé, essas coisas aí pop dela, né. [Risos da Ju e da Cris] Porque meus heavy metal não entram, entendeu? Mas a gente escuta, agora eu vou escutando Mamilos. Olha só.

Ju: A cultura.

Cris: Que beleza.

Ju: Já chega tinindo pro almoço de domingo, botar lenha na fogueira com o resto da família.

PH: É isso aí!

[Risos da Ju]

PH: Enfim, gente. O momento babação já foi aqui, né. Eu queria que vocês definissem o Mamilos para quem não conhece. Eu poderia fazer um texto aqui gigante sobre o Mamilos, todo meu amor e tudo mais, mas melhor escutar da boca de vocês.

Ju: O Mamilos é um podcast criado para discutir os temas polêmicos da semana com inteligência, bom humor, empatia e respeito. Então a nossa ideia com podcast foi criar um espaço de encontro para unir pessoas com ponto de vistas muito diferentes, para aquelas se escutassem e conseguissem entender o ponto de vista do outro. Entendeu? Então, a nossa ideia não é um debate, não é para alguém ganhar, é um lugar pra gente conseguir entender por que será que aquele meu amigo que é tão legal pode votar no partido tão corrupto. E por que será que aquele meu amigo que é tão bacana, pode ser contra a ciclofaixa.

PH: E como é que vocês conseguem não quebrar esse limiar que tu falou? Como é que vocês não consegue partir, eu por exemplo partiria algumas vezes na minha vida para a agressão. [Risos da Ju e da Cris] Mas como que vocês não conseguem dar murro na boca do povo?

Cris: Olha, o Mamilos serviu para o nosso crescimento pessoal também. É um exercício diário que a gente tem que fazer. Porque foi a proposta que nós nos fizemos pra levar uma conversa de qualidade de alto nível para as pessoas. Então eu não vou te falar que às vezes não me dá vontade de dar uma cabeçada no nariz do convidado. [Risos da Ju e da Cris] Mas não vai pegar bem. Então assim, e é legal porque faz você exercitar melhor os argumentos e tranquilidade. E assim, o Mamilos, ele acaba tendo um segundo viés também que é de aprofundamento. Muitas vezes a gente leva um tema que a gente consegue claramente colocar prós e contras e outros temas a gente coloca mais pra conhecer melhor. É expandir mesmo o seu universo de conhecimento. Que é o caso, por exemplo, de quando a gente falou sobre morte, foi quando a gente falou, não tem ninguém, tá todo mundo contra a morte. Mas a gente foi lá entender um pouco melhor esse universo. Quando a gente falou também sobre síndrome de Down e a gente acabou expandindo o conhecimento sobre esse assunto. Então a gente tem essa parte sim de “ouça o colega” e tem outra faceta do programa que é “expanda seus conhecimentos sobre o tema que talvez você acredite que não esteja diretamente ligado a você, mas que vai enriquecer seu conhecimento e a sua convivência”. Vai melhorar sua convivência com as outras pessoas. Então assim, às vezes quando a pessoa tem um posicionamento realmente muito diferente do nosso. Assim, eu fico quente, sabe? [PH: Sim, imagino.] Mas aí a gente prima pelo ‘manifesto Mamilos’. Né, ali não é a Cris e a Juliana o tempo todo. Ali a gente vira uma coisa só em benefício da proposta que a gente fez de levar para os ouvintes. Às vezes dá umas escorregadas, mas é mais raro.

Ju: O que eu acho, PH, é que tem uma coisa que assim, parte do não saber as respostas. Então eu sou uma pessoa que eu não tenho as coisas muito fechadas na minha cabeça. Mesmo as coisas que eu já pesquisei e que eu acho que eu já achei uma resposta, eu não acho que a minha resposta é a única maneira válida. E eu tenho curiosidade de entender porque que as pessoas que pensam tão diferente de mim, qual é o motivo delas pensarem assim. Então assim, eu tenho uma família muito religiosa e eu sou atéia. Eu tenho uma família super conservadora e os meus caminhos pela vida me levaram para uma coisa muito mais progressista do que da minha família. Então eu sei que minhas pessoas preferidas são pessoas que têm opiniões completamente diferente das minhas. Então eu sei que quando você senta para conversar com uma pessoa, você não precisa partir do pressuposto de que ela é burra ou mal intencionada para chegar em pontos de vista completamente diferentes dos seus. Então acho que isso já é um background que a gente tem, a Cris também tem isso. Por isso, isso facilita muito na hora do mamilos de querer colocar opiniões diferentes na mesa e de querer desconstruir essa coisa de bicho papão de quem pensa dessa maneira é burro ou não é politizado ou é…

Cris: [Interrompe] Não é uma boa pessoa.

(Bloco 3) 21’ – 30’59”

Ju: Não é uma boa pessoa, entendeu… Então assim, esse discurso polarizado tava me incomodando muito. Quando a gente começou o Mamilos foi logo depois das eleições, então eu me fazia muito questionamento de assim, eu tava perdendo amigos ou assim… Deixando de querer bem pessoas pelas opiniões que elas colocavam na timeline. E aí eu fiquei, parei muito pra pensar sobre isso porque, assim, cara, pera, só um pouquinho, será que tá certo, tipo, “ah, mas eu não preciso ser amiga desse tipo de gente.” E aí eu fiquei, será que a gente não tá ficando cada vez mais intolerante? E isso tava muito na minha cabeça quando a gente criou o Mamilos. Então isso acabou indo muito pro Mamilos, a gente quase todo programa fala sobre tolerância. Sobre calma, escuta, escuta além do que o cara disse, escuta o que ele quis dizer. Vai até onde ele tá e olha as coisas do jeito que ele vê, pra você entender ele também. Então tem muito a ver com o nosso momento de vida também. O Mamilos reflete o que eu e a Cris somos. E assim, eu não sou a senhora da verdade, sabe. Eu não sei, eu não tenho todas as respostas. Então não sei, até pra coisas que eu acho, tenho, sei lá, uma opinião muito forte a respeito, não é por causa disso que eu acho que ninguém mais pode ter opinião, entendeu, não me ofende você ter uma opinião diferente da minha, entendeu. Eu não sei, eu, eu até hoje não teve nenhum convidado que me ofendeu ou que eu achei uma bobagem o que ele falou. Eu sempre vejo argumentos válidos, ainda que eu não concorde, mas pra mim são argumentos válidos, eu não me arrependo de ninguém que a gente levou aí, entendeu.
Cris: Eu acho que tem uma questão que a Ju coloca bem que reflete nós duas, só que a cada semana a gente passa um frio na barriga de quem tá vindo, porque a gente precisa pautar as pessoas sobre essas keywords. Olha, empatia, tolerância, elegância, educação, faz parte do nosso universo. A gente tá aqui pra colocar as demandas, os pontos de vista, as opiniões, mas olha, a casa é nossa. Então assim, se vocês não se comportarem… [PH: Não grite, né.] entendeu? E assim, cada semana a gente passa por isso, porque são pessoas novas que vão…

Ju: Que não conhecem o programa, nunca ouviram…

Cris: Que não conhecem… Tem um monte de gente que nunca ouviu falar, então assim…

Ju: Não sabe nem o que é podcast.

Cris: Ou seja, a gente tem mais sorte que juízo. Porque a Juliana geralmente tenta falar com a pessoa antes, pra pelo menos sentir o tom da voz, sabe? O programa mais recente, de mobilidade urbana, a gente foi bastante criticado porque as pessoas que foram são muito entusiasmadas da causa.

Ju: São ativistas.

Cris: Então assim, o que acontece é que a pessoa pode ter uma opinião completamente diferente da sua, acreditar em coisas completamente diferentes, só que a forma como essas pessoas colocam é o que agrega ou afasta a audiência. [PH: Sim.] Então assim, o cara pode tá falando os maiores absurdos, mas o cara tá colocando… Absurdos no meu ponto de vista, né, vai contra completamente o que eu acredito, como pessoa, mas o cara tá colocando de um jeito respeitoso, ele é bem fundamentado no que ele pensa, as pessoas aceitam. Agora, se a pessoa chega lá, ela pode até tá bem fundamentada, igual foi o caso do mobilidade, mas essa pessoa é muito entusiasmada e ela é irônica, e a galera sente no ar que tá cagando regra, nossa, aí dá problema.

Ju: É, o que eu acho, PH, é que assim, bom programa e mau programa depende mais do nosso preparo às vezes do que da qualidade do convidado. Porque por exemplo, quando eu estudei muito antes, eu tô preparada, mesmo que eu não consiga pessoas pra fazer o contraponto, eu vou pautar as pessoas, a pergunta, eu vou conduzir. Então eu faço o contraponto lá, então o que muita gente ainda não sacou é que o meu papel no Mamilos, na Teta, nunca é de dar a minha opinião, eu não tenho que dar opinião na Teta, eu tenho que fazer a pesquisa pras pessoas. Então assim, eu tenho que equilibrar, eu tenho que garantir que os principais argumentos estejam colocados na mesa. Só que assim, a gente define a pauta na terça à noite e grava na quinta à noite. E eu nunca sei nada sobre os assuntos, eu tenho que pesquisar tudo na hora, e ir atrás de convidado, então assim, o Mamilos do jeito que ele é gravado hoje, ele é inviável.

PH: É, nos workshops de podcast que eu dou o pessoal pensa que o host, né, não necessariamente o host, assim, mas o condutor da conversa, ele tá ali pra se meter, pra quebrar e tudo o mais, quando na verdade tem que ser o trabalho mais passivo de todos, né.

Ju: É.

PH: E dói, às vezes, porque você realmente, como eu falei, às vezes você quer gritar, mas, opa.

Ju: É, mas assim, é uma coisa que demanda um… A gente não sabia, PH, quando a gente… A primeira vez que a gente escutou a palavra jornalismo foi o dia que a gente fez um programa sobre jornalismo, já era, sei lá, o 23, [Mamilos #25] e aí a gente convidou dois jornalistas, e eles falaram “caralho, isso que cês fazem é jornalismo”, e a gente “magina, a gente é publicitária, não sabe fazer nada disso…”

Cris:Nossa, os caras… Os caras assim, tatuaram isso, eles ficavam o tempo todo: “se isso não é jornalismo, o quê que é?” Sabe, cutucaram muito a gente com isso.

Ju: E a gente assim, não, pera, a gente não tá, a gente tá aqui, sabe, é uma brincadeira, isso aqui é o nosso lado B, um jeito da gente se expressar, mas magina, jornalistas, sabe… A gente simplesmente vai lá, estuda quais são os pontos positivos, quais são os pontos negativos, é, reflete sobre as opiniões, sobre… [PH: OK, isso é jornalismo. (Risos)] Aí ela falou: “é, isso é jornalismo.” A gente: “não, mas magina, a gente nunca estudou nada disso, eu nunca tive uma aula, um workshop de jornalismo, comé que eu posso falar que eu faço isso”, eles: “não, isso é jornalismo. Inclusive é melhor do que a maioria do que tá aí no mercado.”

Cris: Não, foi tipo tapa na cara da realidade esses convidados, assim, eles zoaram muito a gente. “Ah, então cês não vão se assumir?”, sabe…

Ju: Quando a gente começou a estudar formatos pro Mamilos, eu falei: “cara, não é viável dar tanto trabalho toda semana, isso não vai, isso não é sustentável no longo prazo.” Aí eu fui olhar as outras pessoas, como que as outras pessoas fazem? Elas sentam e gravam, não tem esse preparo todo. Aí eu fui escutar os outros podcasts e eu vi, cara, mas as pessoas têm sobre o que falar, eu não tenho sobre o que falar se eu não estudar antes, cara. Num tem, sabe.

Ju: Culpa nossa que se colocou pauta quente, né. Que foi aí que a gente quis entrar. Porque é aí que a gente entendeu que a gente podia fazer um trabalho, e assim, não era tudo assim tão formatado como a gente tá falando. Mas do primeiro pro segundo programa cê já vê uma diferença absurda, a gente entendeu muito bem que a gente tinha um trabalho pra fazer, que podia realmente ser relevante, que era trazer um espaço de conversa civilizada num mundo onde as pessoas só tavam se atacando. E aí a gente trabalha em prol disso. Então foi onde a gente conseguiu se encaixar nesse veículo, né, que tá proliferando. E a gente ama fazer, eu acho que as pessoas sentem isso. [PH: Eu sinto.] Então quando as pessoas falam pra gente: “olha, eu acho que ficou faltando isso e isso e isso, mas olha, eu super entendo que é porque não deu tempo”, então as pessoas são bem tranquilas com isso.

Ju: Complementando o que a Cris falou do carinho das pessoas com a gente, eu acho que era muito fácil o Mamilos não existir. Porque quando a gente botou o primeiro programa no ar, a gente tinha muito no radar os linchamentos virtuais. Então as pessoas que falaram uma bobagenzinha e o pessoal pegou no pé, e bababá bababá. E principalmente as blogueiras, elas apanham muito, então a gente tava com isso na cabeça, sabe. A gente gravou o primeiro programa tensa pra caramba, pensando em cada linha que a gente falou errado, porque assim, a gravação é ao vivo, você edita depois, mas se você falou merda, você falou merda, entendeu? Cê vai saber dois, três dias depois que, puta, aquilo que você falou não é verdade. Então se as pessoas fossem pegar no nosso pé por cada pequena coisa, do jeito que a gente é crítica, assim, se a gente tivesse recebido um monte de crítica no início, a gente tinha parado. Mas não, pelo contrário, o pessoal super valoriza as coisas que tem de legal, e as coisas que a gente errou mesmo a galera fala, olha, aqui tá errado, mas tipo, bem sussa, assim, tudo bem, gente, continua. Assim, eles nos pegaram pela mão e nos fizeram continuar. O que a gente faz é legal, mas o que as pessoas fazem com o que a gente faz é mais legal. A gente foi preparada pra um ambiente tóxico pra mulher na internet. A gente foi preparada pra uma realidade de que a internet é tão tóxica pra mulher que a mulher não quer produzir conteúdo. E foi zero essa realidade, né, Cris? O jeito que nos receberam foi assim… é bizarramente acolhedor, bizarramente apoiador, sabe, foi assim, o Mamilos não existiria se as pessoas, se a comunidade ao redor do Mamilos não tivesse feito crescer, sabe? A galera foi um fermento que foi sempre apoiando, não, vai, vai, vai, às vezes… meu, a Cris já foi gravar doente. A Cris já foi gravar virada, sabe. E isso só acontece porque existe um comprometimento do outro lado gigantesco com a gente. Uma parceria de apoiar tudo o que a gente faz, no erro e no acerto a gente tá junto. É muito foda.

Cris: Os ouvintes são apaixonados pelo Mamilos e nós somos muito apaixonados por eles. A gente não esperava, a gente foi achando que era um terreno muito árido. Quando as pessoas começaram a entrar em contato conosco falando “eu adorei”, “eu gostei pra caramba”, “eu mostrei pra minha chefe”, “eu mostrei pra minha namorada”, nãnãnã… E assim, a gente responde muito às pessoas, então as pessoas respondem de volta falando “eu não acredito que vocês responderam!”

PH: Vou mudar só um pouquinho de assunto, falar um pouquinho sobre podcast enquanto mídia, porque eu quero as percepções de vocês. Quando eu converso com um podcaster, eu converso com gente que já faz há muito tempo, e vocês ainda não consegui conversar com vocês de fato, né. Inclusive os eventos que me chamam pra mesa de podcast, por favor, não me chamem mais, eu não tenho mais nada o que falar, chamem as meninas dos Mamilos, tá, do Mamilos. Por favor. Eu não tenho mais o que falar, gente, acabou. Mas enfim…

Ju (rindo): Mas também não adianta perguntar pra gente porque a gente não sabe.

PH: Mas isso é que é bom.

Ju: A gente não consumia a mídia.

PH: Mas isso é bom.

Ju: A gente não conhece nada, a gente não tem cultura de podcast…

Cris: Não sabia de nada, não sabia nem baixar, tá.

Ju: Não, é! Entendeu, assim, isso é uma coisa que a gente entrou agora, a gente não quer sentar na janelinha de um bonde de uma galera que já tá fazendo isso há um tempão, então a gente tem o maior respeito, eu escutei ‘O Nome Disso É Mundo’, daí um dia eu tava falando que me apaixonei e tal, e eles falaram “Nossa, meu deus, um elogio de vocês vale muito…” e eu falei: “De quem cara pálida? Quem sou eu? Eu sou a menina que entrou ontem, cê tá aqui há um tempão, eu que não sei nada!”

Bloco 4 – (31’ – 40’59’’)

Cris: E eles fazem um trabalho incrível, a gente adora! A Ju que me apresentou.

PH: É justamente por isso que é bom vocês na mesa de discussão com um monte de gente que, teoricamente, sabe, entendeu? Porque talvez não saiba tanto! Talvez, é… é…., porque vocês: Ó, vocês chegam com… acho que com cinco, seis programas, eu já, já dizia pra todo mundo: “Cara, o Mamilos é diferenciado! O Mamilos é diferenciado! Fica ligado e escuta e tudo o mais”. Por quê? Porque vocês… Tudo bem que vocês não querem sentar na janela, então.. Sou eu que estou falando, eu, PH estou falando, por favor, briguem comigo: Vocês estão na janela! Porque vocês já fazem um barulho muito grande. Vocês são consideradas pelos próprios podcasts como algo relevante para mídia também. Por quê? Mesmo que vocês digam que “não, não isso e não aquilo”, ok. Mas o que é que vocês fizeram então para os próximos fazerem [risos] ou eu fazer, entendeu?

[Risos da Ju]

PH: O que é que vocês fizeram, por favor? Me diz, tem um segredo aí, foi planejamento, o que foi? Pelo amor de Deus, me digam!

Ju: Sabe o que eu acho diferente, PH? Agora nas nossas férias, eu tô ouvindo bastante coisa, pra ter um pouco mais de referência e tal. E eu acho que uma diferença, primeiro são as características de personalidade, minha e da Cris. Essa coisa de ser queridinha e tal que cê fala, assim, esse é o nosso jeito, é como a gente é, eu sou tosca, eu não sou querida, né, mas é o nosso jeito. E eu acho que o que mais diferencia o Mamilos de outros podcasts é que a gente é CDF. Eu e a Cris… Você juntou duas CDFs! A gente não é nerd. A gente não sabe nada do mundo de nerd, não vem perguntar de game, de gibi… desculpa! Quadrinhos! [P.H. Santos: Não, gibi memo, gibi memo!] É, a gente não sabe, a gente não entende essas coisas, mas a gente é CDF. A gente é daquelas que estuda, que faz direitinho, que, sabe? É….

Cris: Cara, nossas pautas são fofas! Tem negrito, tem sublinhado, tudo alinhado, sabe? É tudo… chique…

PH: Nossa, que vergonha! [risos]

Ju: Quando eu falei: “ah Cris, tenho uma ideia. A ideia é o nome do podcast, os blocos e nãnãnã nãnãnã…” No dia seguinte, a Cris tinha um plano de negócios!

PH: Ah, não! Sério?

Ju: Sim, PH! P-P-T! Ela fez, sabe, todos os…

Cris: É KeyNote, tá? Não é PPT!

Ju: = É, KeyNote… bem melhor!

[Risos do PH]

Ju: Mas assim, estratégia, objetivos, público alvo, porque que é relevante. Eu acho que isso é um super diferencial do Mamilos pros outros! Duvido que, no dia que alguém teve uma ideia, tenha feito um plano de negócios, tendeu? Que não é, infelizmente, a gente nunca pensou na parte financeira, mas a gente tinha muito claro pra onde a gente queria ir e, eu acho que a maior diferença do Mamilos é que a gente não acha que a gente pode tomar o teu tempo que é o que você tem de mais precioso pra não te agregar nada. Então no final de todo o programa a gente tem que ter aprendido muito! Então o Mamilos é uma coisa que a gente faz pra gente se realizar, mas que a gente tem chefe, que a gente tem cliente, que a gente tem uma série de limitações. O Mamilos é o nosso espaço de poder fazer as coisas do jeito que a gente acha que deveria ser, do jeito que a gente acredita. Então tem uma energia colocada aí, um tempo, um talento, um cuidado, que eu acho que é um puta diferencial. Não acho que todos tenham isso.

PH: Nossa, Eu tô com nojo de vocês! Vocês fizeram Key Note, cês fizeram plano de negócios!

[Risos da Ju e da Cris]

Cris: Fizemos! [Risos] Todo bonitinho, formatado, bacana, estudamos os maiores até para entender onde que a gente ia entrar. Porque tudo… a gente estudou e nós fizemos duas gravações de ensaio e depois a gente fez uma terceira que foi ao ar. E nas primeiras o pessoal do Braincast participou junto com a gente, o Merigo, o Maron, o Cris, que a gente ainda tava entendendo um pouco assi. E a partir, sei lá, eu acho que do quarto, assim, a gente começou mais sozinha e aí foi, entendeu? Mas a gente tentou tatear, fazer tudo de uma forma mais organizada pra poder, sei lá, porque a gente é assim. Cê tá falando com uma planejamento sênior e uma diretora de criação, então, que já foi planejamento também! Então a gente quis fazer as coisas do jeito certo e eu acho que tem muito esse negócio de mulher também, porque não é para ser “o podcast daquelas meninas”, não! É para ser um negócio legal, que as pessoas gostam de ouvir, entendeu?

Ju: É, a gente se beneficia bastante também, inegavelmente, da experiência que tem de tá dentro do B9, que é de gente que sabe fazer! Então a gente tem uma rede de conhecidos que ajuda muito no início. Então por exemplo, mesmo com um conteúdo tão legal que a gente tem, se fosse eu e a Cris colocando no nosso site esse conteúdo, quantos ouvintes a gente teria hoje, tendeu? Mas a gente já sai de uma plataforma gigantesca que é o B9, fora isso…

Cris: Uma plataforma e uma estrutura; qualidade do som, sabe…

Ju: Quem edita…

Cris: O Caio é a única pessoa que escuta todos os programas [rindo] inteiros e a gente tem uma sinergia tão legal que hoje chega num ponto que ele fala: “eu ouço o negócio e eu sei que na sequência vai falar: ‘Caio, apaga isso!’” [risos] Que é pouco, é, a gente não tem muito corte de fala, mas ele tira muito “ééé”, “hãã”, e aí a gente fica parecendo mais inteligente porque tem mais fluidez na conversa!

PH: O Caio, só pra deixar claro pra quem tá ouvindo, é, porque fala assim, Caio, mas é o Caio Corraíni, tá? É, o Caio… [Ju: Menino Corraini…] Menino Corraini, exatamente. O Caio, alguém já deve ter me escutado lá, ele tinha o podcast “Games on The Rocks”. Então o Caio aí, é macaco velho da mídia podcast.

Ju: Ele é.

Cris: E ele é muito bom! Ele é muito carinhoso, ele é muito caprichoso na edição, sabe? Ele vê, revê, xinga a gente! “Quem que fez barulho?” “Pô, dá uma pausa entre um assunto e outro, meu, cês começa uma coisa e emenda outra.” Então ele pega muito no pé da gente com a qualidade, sabe? A Ju ficava na mesa e ele tava reclamando muito aí eu entrei na mesa e ele falou: “Vamo equalizar esse negócio direito, hein? Cada coisa tá numa altura!” Então, assim, isso ajuda muito na qualidade final.

PH: O Caio, lá no “Games on the Rocks” era mais locão e tal, acho que vocês não chegaram a escutar, era mais locão e tal. Aí recentemente eu fui escutar o Caio, que ele fez uma inserção de áudio numa das últimas edições de vocês, né? E o Caio tá falando que nem vocês!!! [Risos da Ju e da Cris] Que nojo, Caio, velho! Que é que cês fizeram com o meu menino?!?! [Risos]

Cris: Pois é, gente… é isso!

Ju: Mas é assim, foi ele, o Merigo, o Alê, que a gente conversava muito com ele, o Cris, então assim, a gente… [Cris: o Yassuda…] É… são… são pessoas que a gente conversou muito sobre como fazer, o que fazer, sobre o que era bom… Porque assim, a gente não sabe de nada, como eu te falei, mas a gente vem de uma família que sabe de tudo, então a gente se beneficia muito disso também, né?

PH: Importante.

Cris: Não, no ínicio assim, teve uma vez que o Merigo viajou e tinha que subir o programa. Foi o Yassuda que ajudou! Se o Yassuda não tivesse, não ia subir o programa, sabe? Então essa parte técnica, essa parte da fala mesmo, a gente teve muita ajuda, bons professores.

Ju: No início foi muito sofrido, PH. Não era prazeroso, a gravação. Porque era muito tenso, porque…

PH: [Interrompe] Muita coisa pra se preocupar, né?

Ju: É. Era a técnica do som que a gente não dominava, era o assunto que a gente não dominava. Então sabe quando você estuda para uma prova que você estuda tudo na noite anterior? Então que simplesmente se alguém te interromper cê vai esquecer toda a linha de raciocínio e cê não vai mais lembrar? Porque no dia seguinte cê não lembra mais da matéria? Então era assim: como conseguir conciliar todo aquele monte de conteúdo que eu precisava despejar em 1h30 e ainda fazer a dinâmica com convidado que eu não tinha… nunca tinha feito entrevistas assim, eu não tinha a tarimba de conduzir, de quando interromper, de quando não interromper, de deixar as pessoas falarem, sabe. Era coisa demais pra equilibrar. Então não era prazeroso, era tenso, era, sabe, era… sofrido! E a gente sempre saía de todos os programas falando: “Esse programa ficou uma meeerda. Devia ter falado isso, devia ter falado aquilo, e faltou falar isso”. A gente sempre achava que era muito ruim e a gente, assim, azucrinava o Caio: “Caio, meu Deus, que que a gente vai fazer? Esse programa, vão nos trucidar..!” Assim, a cada programa, como a gente começou com temas muito polêmicos, a gente falou: “Bom, é hoje que a internet vai nos crucificar.” Então assim, falou de aborto, foi o segundo programa, bom.. “pronto, vamos ter que apagar nossos perfis, vão nos crucificar e bábábá, bábábá”, não aconteceu! Aí o segundo foi drogas! Falar de legalização de drogas.

PH: Agora vai!

Ju: “Agora vai! Vamo apanhá de tudo que é lado, nãnãnã.” Não foi! Aí sei lá! Lá pelo sexto foi pirataria! Eu levei um cara do Partido Pirata. E eu fiz o briefing! E como eu tava com medo porque eu não conhecia o cara e, do outro lado, era uma advogada que era amiga nossa, é a mulher do Maron, aí, tipo assim, como ela tava como advogada expondo a prática profissional dela, se o cara fosse muito bom, ou muito, talvez até grosseiro ou expusesse ela e tal, era a profissional que tava exposta na internet e eu não conhecia o cara! Então, tipo eu fiz um briefing gigantesco com os dois, uma puta sabatina: “não pode! Não é debate! É expor sua opinião, depois o amiguinho expõe a opinião, é com respeito, é com isso, com aquilo.” E o cara, era um gen-tle-man! O cara era um doce de pessoa! Acabou que o programa ficou mais pro lado dela do que pra ele porque ele ficou todo cheio de dedos! E aí eu falei: “Pronto! Eu vou largar um programa sobre pirataria que tá mais pro lado do direito autoral do que pro pirata na internet? Vão nos trucidar!”

PH: É… E não foi.

Ju: E não foi! Então…

Cris: Nunca foi!

Ju: Então eu acho que, lá pelo décimo segundo programa, a gente já parou de esperar morrer, sabe? Tipo, a gente já começou a esperar que as pessoas iam gostar e aí a gente começou a relaxar e aí a gravação passou a ser prazerosa né, Cris?

(Bloco 5) 41’03” – 50’59”

Cris: Foi. E assim, aí o prazer começou a ser a hora que convidado chega. Por que até o cara chegar você fica meio tensa. [Risos da Ju e do PH] Porque se o cara te der bolo você tá ferrado, né? Por que o nosso… o Caio edita a noite e um pedaço da manhã pra por no ar.

PH: Ahã!

Cris: Então aí começa essa tensão. Mas assim, muitas pessoas olham a gente com esse olhar mais angelical e tudo. Mas eu e a Juliana quebramos muito pau no início. Muito, assim: as duas tem uma personalidade muito forte e assim a gente não era super amiga e foi fazer um podcast junto. Não foi, assim, é muito mais sorte do que juízo. [risos da Ju] Um dia ela me chama: Ah, o Merigo tava chamando aqui, vamo grava um Braincast. A gente se conhecia sei lá, a gente tinha se visto umas duas vezes. Se conhecia pela internet assim.

PH: Sério?

Cris: Juro!

Ju: Não, a gente tinha… A gente tem um monte de amigos em comum, Cris. A gente se conhecia de algumas festas e tals.

Cris: Várias pessoas em comum. Vários amigos em comum. Eu conhecia o Merigo…

Ju: Rolava uma quimica e um interesse PH, não sei se rolava da parte dela, mas eu era super interessada.

[Risos da Cris e do PH]

Cris: Ela deu em cima de mim primeiro.

PH: Na minha cabeça vocês eram amigas de infância que dividiam diário. Diário, sabe? “Ai, escreve no meu diário hoje”, sabe? [Risos da Ju e da Cris] Eu jurava que era isso.

Ju: Não!

Cris: Assim, eu conheci o Merigo logo que eu cheguei em São Paulo; daí eu só fui conhecer a Juliana pessoalmente no casamento de uma amiga, ela já com o Ben, com o Benjamim, o mais velho dela, e a gente sempre teve muitos amigos em comuns, pessoas em comum mas a gente não era super amiga. Um dia me chama: “Ah, vamos gravar?” Vamo! Puts, fiz uma mega pauta. Hora que eu chego lá a maluca também com uma mega pauta pra começar o assunto. E nesse dia acho que era o Cris, Merigo, acho que era o Saulo na época. E aí os caras falaram: “Como assim vocês trouxeram esse monte de coisa?” Não ué, mas não é pra falar, então? A gente sentou, falou, falou e falou e o retorno daquele programa, as pessoas falaram: Muito legal ter mulher no podcast falando. Foi muito interessante e não sei o que, tánáná. E uma ouvinte falou assim: Por que vocês não tem o podcast de vocês?

Ju: Porque na verdade, o programa era sobre teste de Bechdel, né. Que vai questionar por que que não tem mulheres na indústria do entretenimento. Na internet não existe essa barreira. Então se não tem barreira financeira para entrada, se não tem barreira de autorização para entrada… Por que que não tem mulher produzindo conteúdo? Aí eu fiz essa pergunta para Cris e ela falou: Ué, isso é um convite?

[Risos do PH]

Cris: Olha isso!

Ju: E eu: é, não era. Mas vamos!

Cris: Pode ser que seja!

Ju: Pode ser que seja! Aí a ideia era tipo, quando a gente gravou, a gente tava muito nervosa vomitando de nervoso. Mas quando a gente saiu a gente pensou: meu, que legal isso! A gente foi picada pelo bichinho naquela primeira gravação.

Cris: Foi!

Ju: Quando a resposta das pessoas nos fez pensar: por que que não tem mulher produzindo conteúdo? E aí dessa provocação saiu: Vamos nos produzir então! E aí, só que assim, sobre o que falar? E aí a gente viu o que o B9 já tinha, então a gente não poderia fazer aquilo que eles já tinham. A gente tinha que fazer uma coisa nova, então pauta quente eles não tinham. E aí era uma coisa que era passível de ser estudada, entendeu?

Cris: E que tinha haver com que a gente queria, fazer um negócio diferente! Então assim, no início a gente discutia por tudo. A gente resolveu ser sócia sem nem se conhecer direito. Então o jeito de uma, jeito de outra, o que que uma tá falando quando quer… Sabe aquelas coisas que você vai conhecendo da pessoa quando você vai namorando, você vai conhecendo? Só que aí…

PH: Gente, vocês foram muito sortudas, vocês são que nem um casal de amigos meus, que se conheceram com dois meses, casaram e estão aí há anos casados.

[Risos da Ju]

Cris: É, pois é! E a gente casou de cara, né? que aí a gente começou a fazer o programa e começou a vir um tanto de retorno que, puta não dá pra parar, mas a gente quer se matar. E aí as coisas foram entrando nos eixos, cada uma entendeu o seu lugar, o que podia trazer pra complementar o programa… aí sim a gente virou super amiga. Teve um início do programa, era tudo muito…

Ju: [Interrompe] Viu PH, hoje ela me ama!

[Risos da Cris]

PH: Ai olha aí, você conquistou, muito bem!

Ju:Foi difícil, mas hoje ela me ama!

Cris: Tá vendo, né? Ela é uma mulher insistente, ela deu em cima de mim durante muito tempo. Mas assim, no início era tudo muito profissional, né? Chegava, gravava e num sei o quê. Até que sei lá um dia você vai e solta uma coisa outra, pede uma opinião ou outra. E aí hoje gente é muito amiga. A gente… É muito engraçado, a gente conversa muito sobre o Mamilos no Facebook no chat e mistura com assunto pessoal, vira uma puta bagunça e você já não sabe mais o que tá falando. E aí depois que a gente conseguiu se encontrar enquanto sócias parceiras e a gente entendeu bem a pauta do programa aí é mais a esse stress mesmo de buscar o conhecimento, de achar o convidado certo. Mas é muito prazeroso. É muito legal é muito bom fazer, foi uma mega sorte.

PH: Muito surpreendente isso que vocês me falaram porque em nenhum momento vocês transmitem isso. E como eu disse, parece que realmente vocês trocavam, sei lá vocês pregavam…

Cris: Papel de carta!

[Risos da Ju]

PH: Papel de icekiss, né, aquele bombonzinho, “olha essa frase combina contigo” e tals desde a infância.

Cris: Ai meu deus!

[Risos da Ju]

Cris: Acabamos de entregar a nossa idade!

Ju: Você também acha que a gente pensa as mesmas coisas?

PH: Não, aí não!

Ju: Porque tem uma galera que acha que a gente é, tipo a mesma pessoa sabe, a gente tem a mesmas ideias.

[Risos da Cris]

PH: Não, aí é o outro lado, vocês têm cabeças, pra mim, pelo menos, completamente diferentes por mais que às vezes levem para o mesmo o fim.

Ju: Isso! Mas isso também foi uma coisa um pouco construída, PH. Nos primeiros programas, a Cris achava que a gente tinha que ter uma voz do programa, né? Então vamos combinar o jogo. Sei lá, pena de morte: em que conclusão a gente vai chegar? Não nesse programa em especifico, mas só dando um exemplo. Eu falava: Cris, não tem problema. Você pode achar uma coisa, eu posso achar outra coisa a gente pode, inclusive, trazer convidados que achem coisas que a gente acha que não tem nada a ver!

PH: Metodologia científica o nome disso.

Ju: É, o objetivo é trocar ideia aqui na mesa. Deixa que o ouvinte vai escolher o que que ele quer, né?

PH: É isso aí!

Cris: E para mim o KPI do sucesso é quando eu tô ouvindo o programa e eu solto uma risadinha. Porque, cara, se eu tô rindo do programa que eu mesmo fiz, no mínimo deve estar legal isso.

[Risos da Ju]

PH: Sim, com certeza. Às vezes quando eu estou editando: Ih, isso aqui eu tenho que dar foco. Porque isso aqui é bom.

[Risos da Ju e da Cris]

–//–

Ju: Agora a gente vai falar um pouquinho sobre a gente, o nosso perfil, porque evidente que todo mundo tem viés, todo jornalista tem viés. E é importante pra vocês saberem no que a gente acredita. Para vocês entenderem quais são os nossos recortes. Então a gente fez essa seção inspirada no NBW que acabou de fazer isso, então para vocês nos conhecerem um pouco profissionalmente, quais são nossas posições políticas e sobre temas polêmicos. Primeira coisa, casamento gay:

Cris: Mega a favor.

Ju: Sabe que eu mudei? Na verdade eu sou a favor do Estado não se intrometer sobre isso. Não ter casamento como Estado. Do Estado não fazer declaração sobre casamentos. Ser união civil, sabe? Você pode fazer a união civil entre homem e mulher, mulher e homem como quiser. É união civil. E não tem juízo de valor sobre se isso requer fidelidade, se isso requer ter filhos, se isso requer… Não é o Estado que tem que fazer juízo de valor sobre isso.

Cris: Sobre com quem você quer casar!

Ju: Sobre com quem você quer casar. Qual é o regime de fidelidade, sobre qual é o tempo, que que está incluso nisso, tipo o Estado não tem que fazer isso, sabe? Então é assim, você quer…

Cris: [Interrompe] Tipo, isso apenas não é da sua conta.

Ju: É! E aí assim a gente vai pro lado de sociedade e filosófico ou religioso da união entre casais. Então assim, se você acha que casamento é só entre homem e mulher e que isso inclui exclusividade e que isso é para a vida toda, nánáná. Vai na igreja católica! Se você acha que é entre homem e mulher, porém pode separar entre vários modelos, tem essas e essas igrejas. Se você acha que pode ser homem ou mulher, nanana, aí tem essas igrejas. Aí você vê o que você quer.

Cris: Eu acho difícil você querer conversar com isso e isso ser um problema se não tiver religiosidade envolvida. Que se você tirar isto que é o preceito que torna algumas pessoas contra, acabou o argumento, Não tem outro argumento que não seja envolver crenças pessoais, então apenas não…

Cris: [Interrompe] Então, Sandel fala que por exemplo, a gente acha super normal isso, tipo: Ah não, tanto faz! Mas você pressupõe fidelidade num contrato de casamento e isso também é uma coisa que é discutível. [Cris: É!] Então assim, como isso não é de alçada do Estado, sabe? Legislar sobre isto. Então pega o Estado e não se mete nisso e a gente resolve em outra esfera.

Cris: [Interrompe] Eu acho que a pergunta deveria ser: você é a favor de qualquer pessoa ter direito civil? É muito mais do que a favor do casamento, né?

Ju: É, então!

Cris: É um direito civil.

Ju: Exato, mas aí não chama de casamento, entendeu? É união estável, beleza. É outra coisa! Aí, beleza! Aí casamento é o…

Cris: Eu não vejo problema nenhum de chamar de casamento. Isso é um casamento!

Ju: Mas aí é civil, não é do Estado, aí é sociedade civil, entendeu? Aí é assim ah, sei lá! Eu vou fazer um oficiante, eu vou pegar o Elvis e vai me casar, o meu casamento é isso! Beleza! Não tem juízo de valor disso aí, entendeu? Aí é uma questão da sociedade para se resolver, não é político, o Estado não tem nada a ver com isso.

Cris: Sobre aborto:

Ju: Eu sou contra o aborto a favor da descriminalização do aborto.

Cris: Eu sou a favor da descriminalização e do aborto.

Ju: Redução da maioridade penal:

Cris: Eu sou contra a redução da maioridade penal.

Ju: Contra a redução da maioridade penal.

Cris: Lei do desarmamento:

Ju: Sou a favor da lei desarmamento.

Cris: Que droga, a gente é muito parecida. Eu sou a favor da lei do desarmamento.

Ju: Drogas:

Cris: Eu sou a favor da descriminalização das drogas.

Ju: Eu também! Dois votos!

Ju: Direita ou esquerda?

Cris: Puts! Tô tão, não sei. Tem hora que eu concordo muito com o pensamento de direita que eu acho que existe um… uma super proteção do Estado. De muitas vezes querer resolver as coisas pela canetada e não pelas vias de conscientização. Por outro lado também não acredito no Estado totalmente livre que se auto regulamenta e go go go!

(Bloco 6) 51’ – 1:00’59”

Cris: Tem hora que eu vejo exagero dos dois lados, então sei lá, dá para falar que é “meio centro”, assim? Mas eu acho que eu tendo mais pra esquerda e entro até mais nisso, tá? Eu fico ofendida quando alguém fala que eu sou petista…

Ju (rindo): Por quê?

Cris: Eu não acho que eu sou petista porque…

Ju: [interrompe] Por que isso te ofende?

Cris: Porque me parece que eu sou conivente com uma série de irregularidades, sabe? E eu não sou…

Ju: Mas você pega mais leve com petistas do que com Geraldinho? É… (risos)

Cris: Sabe que eu não sei?

Ju: É… pega sim (risos)

Cris: É… eu acho que rola um antipatia terrível porque…

Ju: [interrompe] E Aécinho? (risos)

Cris: Nossa, eu tenho horror ao Aécio, velho! Mas eu também tenho horror à política que o Lula tem feito. Eu acho que é uma política velha, não funciona mais, ele não pode mais fazer isso. Então assim, foi um cara que já admirei muito, então eu tenho tristeza. É diferente. Eu rejeito o Aécio e tenho tristeza de ver no que o Lula se tornou.

Ju: Você é uma esquerda desiludida (risos). Você é uma esquerda desiludida…

Cris: É… (risos) Tipo esquerda órfã, né? Preciso de uma nova coisa para acreditar porque eu não acredito mais, mas também não chega a ser… é que tenha político de outros partidos que não sejam necessariamente… eu concordo com algumas pessoas de direita e aí eu fico me perguntando se na verdade não são as pessoas e não os partidos, sabe? Ou pelo menos como eles se posicionam. Ai, coisa tensa! (risos) E você, Juliana?

Ju: (risos) Ao contrário da maioria da galera da direita, eu li Ayn Rand e adorei e fiquei apaixonada… que escreveu “A Revolta do Atlas” ou “Quem é John Galt” como preferir, que é um livro que ele é um elogio ao empreendedorismo, ao espírito empreendedor, ao espírito criativo, ao individualismo e é um novelão, né? Mas na época eu falei “pô, é isso!” e vi várias coisas que estavam ali no livro que eu via e que me indignavam na sociedade e tal e pra mim fazia total sentido. E eu já tinha lido há muito tempo “A Revolução dos Bichos”, que mostra uma visão muito pragmática contra as ideias de esquerda, né? Na verdade assim, ideias comunistas, socialistas, de que todo mundo pode ser igual, enfim. E aí juntou todas as coisas e parecia que estava tudo bem e estava tudo certo e por muitos anos eu pedia contraponto para as pessoas, como ninguém nunca tinha lido livro, ninguém nunca fez contrapontos, beleza! Hoje a minha posição mais… eu não consegui enxergar qual era a falha do livro e a falha do livro era a mesma do “A Revolução dos Bichos “. A falha do sistema que ela propõe é a mesma falha que “A Revolução dos Bichos” aponta pro sistema comunista que é: a falha são as pessoas. Os sistemas funcionam se não fossem as falhas individuais das pessoas que coletivamente acabam com o sistema. Então, o que que eu acho: eu não acredito nas empresas ou no mercado como uma forma inteligente de resolver todos os problemas. Eu acho que existe uma tendência pra destruição grande, de que coisas burras aconteçam. A gente vê isso todos os dias no nosso trabalho, a gente vê isso, coisas que é perde-perde, todo mundo vai perder até que o sistema imploda e se ninguém parar isso, se não parar a bola a coisa não vai melhorar, então, eu não consigo acreditar no livre mercado dessa maneira, mas eu também não tenho a fé pura que se a gente regular as coisas com governo isso vai se resolver porque eu também não acredito no governo. Então, muito além da orfandade da Cris, que é orfandade de um partido ou de um ideário, eu tenho uma orfandade de coisas pra acreditar. Eu sou muito cética, eu não acredito em nada. Não consigo me ver como direita ou esquerda e em função disso; tem muitas coisas que eu aprecio na esquerda, preocupações que eu aprecio na esquerda, liberdades que eu aprecio na esquerda e muitas coisas que eu aprecio na direita em questionamentos, assim. Então, eu não consigo me colocar nesse espectro, assim…

Cris: [interrompe] Eu acho que a direita dá um tapa na sua cara, dá um tapa na cara da realidade, enquanto a esquerda muitas vezes quer ninar, sabe? Então eu acho que é um bom contraponto, na verdade.

Ju: É… mas eu enxergo que hoje o meu círculo é muito mais de esquerda e que isso molda meu viés.

Cris: Pra que time você torce?

Ju: Grêmio. Pra que time você torce?

Cris: Cruzeiro (risos). Qual a sua cor preferida?

Ju: Não…

Cris: (risos) Juliana, o que você tá fazendo no horário comercial?

Ju: Eu sou planejamento, prioritariamente de BTL (Below the line) que é tudo que não envolve mídia, então: endomarketing, incentivo, promoção, ativação… esse tipo de coisa. E eu já fiz uma coisa que foi muito legal, que foi uma plataforma 360 de comunicação que foi o SWU (Starts With You), que é uma das coisas mais legais que eu fiz. Cris, o que é que você faz?

Cris:: Eu estou Diretora de Criação. A minha formação é Arquitetura de Informação e User Experience e eu sou diretora de criação executiva há quase cinco anos, mas tem um viés muito forte de planejamento, então, hoje eu tomo conta da área de planejamento e criação juntas, o que tá escrito hoje no cartão que é minha mãe tem (risos) é Diretora de Concept. Eu já atendi muitas marcas e eu já fiz muitos projetos e eu já comemorei muitas vitórias, chorei muitas derrotas. Tenho vergonha de algumas coisas que eu já fiz também. Aprendi muito nessa caminhada, a aprender com as pessoas que sabem mais do que eu e aprender muito com as pessoas que sabiam menos do que eu também. Então, eu gosto bastante do que eu faço, eu gosto de comunicação, eu gosto de encantar pessoas, de contar boas histórias e de envolver as pessoas na conversa que eu tô promovendo. Onde você nasceu?

Ju: Eu nasci em São Paulo.

Cris: E que história é essa de ser gaúcha?

Ju: Na verdade eu tenho a certidão de nascimento de São Paulo, o RG de Porto Alegre, o Título de Eleitor de São Paulo, a Carteira de Trabalho de São Paulo, faculdade de Porto Alegre e aí minha carreira toda em São Paulo. Então, eu tenho família… toda família da minha mãe é de Porto Alegre e toda a família do meu pai é de São Paulo, então eu sempre fiquei lá e cá, lá e cá. Acontece que a minha formação foi em Porto Alegre, então, assim eu fui pra Porto Alegre com cinco anos, saí de Porto Alegre com quinze, já era uma pessoa, já era formada, já tinha estudado, já aprendido a ler, já tinha feito CTG lá, já era prenda lá… [Risos da Cris] Aí eu vim pra São Paulo, fiquei 2 anos e voltei para lá para fazer faculdade lá. E aí eu fiz a minha faculdade lá que também é um período de fazer as amizades. Então, assim as coisas que eu falo que me formam e tal, minhas referências estão lá em Porto Alegre. Minha família é de lá, então, também independente eu teria meus laços lá; e aí voltei pra cá, então só que toda a minha carreira tá aqui, e toda a família que eu construí tá aqui, meus filhos são daqui e tal, então eu na verdade sou um bicho híbrido. Quando perguntam da onde eu sou, eu nunca sei o que responder, eu não sei. E você, Cris?

Cris: Eu nasci em Belo Horizonte e vivi em Belo Horizonte até meus vinte e… quase 30 anos tendo ido somente para o Espírito Santo para a praia durante bastante parte da minha infância. Eu amo Minas, eu amo BH, eu amo a minha casa, eu gosto dos meus amigos que eu não sei o nome até hoje, que eu só sei o sobrenome… o apelido!, que mineiro tem muito disso. Eu vim para São Paulo por um convite de trabalho e depois de um ano morando aqui, eu me casei, um pouco mais de um ano depois eu tive filho e a minha vida é constituída aqui. E eu vou à BH ver a minha família e os meus amigos, recarregar meu sotaque, comer muita comida. Gosto muito de receber as pessoas na minha casa, eu acho que tem muita ver isso do mineiro, de fazer comida pra muita gente. É uma coisa que me dá um prazer enorme e BH é o lugar que eu acho que eu sou um pouco mais eu, mas aqui é o lugar que faz eu querer ser mais do que eu sou. Então eu acho que é um bom contraponto.

Ju: Muito bem!

Cris: Qual é a então nosso top 10 programas?

Ju: É super difícil escolher 10 programas porque a gente acaba gostando obviamente de muito mais e cada um tem uma história, tem um porquê e nos ensinou alguma coisa, enfim. Mas a gente escolheu o top 10 que são os programas que ajudam a formar o senso crítico para escutar os próximos programas, porque o que que acontece: muitas vezes sem nos dar conta, a gente acaba falando as coisas como se as pessoas tivessem escutado. É como se, bom, a gente já parte desse ponto e aí quem não ouviu acaba não tendo esses fundamentos aí.

Cris: No nosso top 10, o número 10 é Dia dos Namorados.

Ju: É um episódio só pra quebrar barreiras e preconceitos. O número 9 é o sobre aborto

Cris: Que a gente dissecou a polêmica mostrando os lados.

Ju: O número 8 é o Manda Nudes, que tem conceitos básicos sobre… a gente ataca várias coisas sobre o machismo que são importante pra você entender as outras discussões que a gente faz, a gente parte disso como dado em várias discussões.

Cris: O número 7 Reforma Política, quando a gente começou a entender que o buraco é bem mais embaixo e tem muita coisa para ser arrumada. Não é o programa desesperançoso, tá? Mas ele mostra que não existe resposta simples pra questão complexa.

Ju: Principalmente é um programa de incertezas. Ele vai te deixar com muito mais dúvidas e vai te deixar menos categórico nas respostas.

Cris: O número 6 Liberdade de Expressão.

Ju: Ele é básico pra todas as nossas discussões.

Cris: O número 5 Jornalismo, quando a gente resolveu sair do armário.

Ju: Ele mostra muito bem qual é a importância do jornalismo numa democracia, de o que que um jornalismo precisa para ser bem feito e ele é super importante para o mamileiro e para a mamilete conseguir ler um jornal de forma crítica, conseguir ler uma mensagem e decoupar ela. Entender o que que tá escrito nas entrelinhas e qual é o viés daquela notícia, pra não ser massa de manobra.

Cris: O número 4 Violência Policial, que foi quando… eu acho que é um programa muito maduro porque a gente conseguiu mostrar muito os dois lados e mostrar como a sociedade tem que evoluir muito ainda nessa questão.

Ju: O programa número 3 que é a resposta de todas nossas perguntas, que é educação. Então, é um programa essencial porque não basta você terminar uma polêmica falando “ah, mas o que a gente precisa é de educação”. A questão é: que educação? Pra quê educação? Como educação?

Cris: O número 2 A Boa Morte. Um tema tão pouco explorado… cuidado paliativo, ortotanásia, eutanásia, distanásia… são discutidos nesse programa repleto de carinho e com muita informação.

Ju: E o número 1 Violência contra a mulher, que é utilidade pública.

Cris: É isso, Ju? Temos um programa de aniversário ou ainda tem um convite aí?

Ju: Ah, tem um convite: primeiro que você coloque qual é o seu Top 10 e, segundo, que a gente tem uma super boa notícia que a gente ganhou de presente de aniversário desse grupo empolgado de voluntários, mamileiros e mamiletes, que estão nos ajudando a fazer o programa. Eles vão tirar do papel o nosso tão sonhado vídeo que a gente quer pra nos divulgar, pra apresentar o que que é o Mamilos, quem nós somos, o que a gente produz, como escutar podcast. A ideia é que na semana que vem a gente já lance com o programa o vídeo e pra isso a gente tem um convite pra fazer: que você poste nas suas redes, seja no Facebook, seja no Instagram, seja no twitter ou nos mande por e-mail, como você preferir, como você escuta o Mamilos, quando você escuta o Mamilos, onde você escuta o Mamilos, com quem você escuta o Mamilos com a hashtag ritual mamilos (#ritualmamilos). A gente não tem um relacionamento… não é uma ficada e nada mais, né? Não é isso… (risos)

(Bloco 7) 1:01’42” – 1:10’59”

Cris:: Não é um amor de uma conversinha ao pé do ouvido pra nunca mais! Então, conte pra gente qual é o seu ritual, o seu jeito gostoso de ouvir o Mamilos… (risos) E manda pra gente pra poder ajudar a contar essa história tão bacana no vídeo. Agora vamos então pro Farol Aceso?

Ju: Vamos! Bora!

[Sobe trilha]

Quanto falta pra poder dizer
Que tudo que tu tinhas não foi feito pra guardar
Eu tinha que parar e ver
Tua livre decisão e o teu poder de opinião cessar

[Desce trilha]

Cris: Vamos então ao Farol Aceso! Qual a dica da semana, Ju?

Ju: Eu tenho duas dicas: uma dica é uma plataforma de um crowdfunding imobiliário criada para conectar empreendedores e inovação. É um amigo muito querido meu que fez, o Paulinho, deve ter feito com um monte de outras pessoas, mas, né? Pra mim importa que é o Paulo que fez. O que que eu achei legal? Que é uma forma desse mercado imobiliário ser acessível para mais pessoas. Então com R$ 1000 você já consegue investir e é uma forma das pessoas poderem fazer investimentos mais conscientes. Então, o pequeno empreendedor, ele pode fazer escolhas com o dinheiro dele de significados; então ele pode escolher coisas que são melhores pra cidade, então ele pode escolher projetos que sejam mais significativos! Eu achei super legal isso, tem um potencial, como tudo que é de crowdfunding, de realmente mexer com a lógica do mercado, chama UrbeMe, o link vai tá no site, e lançou o primeiro projeto no Brasil que é um empreendimento da Vitacon na Vila Olímpia. Minha outra dica é um seriado que é o seguinte: gente! Eu tava trabalhando demais, demais, demais nas últimas semanas, muito mesmo, não tava tendo tempo nenhum de lazer e aí na uma hora que eu conseguia na semana liberar, eu comecei a assistir How To Get Away With Murder da Shonda Rhymes também. Então assim, que delícia você pode desligar o cérebro para assistir um seriado, né? Não tem 300 referências, não é inteligente, não é difícil de consumir! É assim, como comparar pizza e batata frita com o Dom [nota: restaurante 5 estrelas de São Paulo]! Sabe? Não é um ou outro, cada um tem o seu valor, a sua importância, tudo é bom! Mas, quando cê tá muito cansado, nada como uma boa pizza! E é isso que o HTGAWM é! Ele é um seriado delicioso, daquelas coisas cheia de erros de roteiro, mas que te deixa tão preso no roteiro que cê quer logo ver o outro, e o outro e o outro! É um 24h misturado com o guilty pleasure do True Blood!

[Risos da Cris]

Ju: É isso gente!! Vale super a pena! E é Shonda Rhymes, né? Aquela representatividade maneira, de casal homossexual transando exatamente igual ao heterossexual. Não tem um porquê na trama, eles simplesmente transam, é… negros tendo o mesmo protagonismo e a mesma importância que brancos, mostrando cenas que você não vê em outros seriados, então assim: é uma coisa completamente fast food, mas que tem a sua relevância também. E você Cris, o que que cê fez?

Cris: Eu tenho trabalhado um pouco agora, tava fazendo licitação e ocupa muito tempo, né? Mas eu tive a oportunidade esse final de semana de ir com a Tatá no circo, até fiz um post sobre isso no facebook. Eu amo circo! Eu amo circo! Eu quis fugir com o circo desde os 5 anos de idade! E na minha época circo era muito chinfrim cara, era tipo muito detonado! Tinha aqueles leão que não tinha dente, sabe aquela coisa…

Ju: [Interrompe] Eu acho deprê, sabe? Eu acho tão deprê.

Cris: Triste, é muito triste e aí… Só que na minha cabeça sempre foi legal, tá? E aí eu fui no circo, o circo Zani, tá numa temporada especial no Memorial da América Latina com ingressos gratuitos, é só chegar um pouco cedo e conseguir ingresso. É um negócio assim, eu vou colocar o link aqui para vocês verem, mas assim eu amo o espetáculo! Ainda mais agora que o negócio foi renovado e não tem essa tristeza de animais, é muito centrado. Eles são quase atletas, né? Eles são atletas, na verdade! Aqueles corpos esculpidos de pessoas fazendo malabares e muita música e muita dança! Mulheres maravilhosas, homens muito bonitos! Então assim, eu achei extremamente divertido é bem bacana mesmo, pra criança um pouquinho maior assim, a partir dos cinco, eu acredito que seja melhor, mas o que eu queria recomendar é para o Brasil inteiro, quem tiver acesso, vá ao circo, o circo é uma cultura muito bacana! É isso?

Ju: É isso!

Cris: Temos um Mamilos?

Ju: Espero que vocês tenham gostado de conhecer um pouco mais da nossa história, de quem a gente é e de porque que o Mamilos tá aqui!

Ju: Fica a gostosa sensação de Feliz Aniversário! E esse programinha aí só falando de nós mesmas! Um programa muito alterego!!

Ju: [Risos] Obrigada gente, por cada apoio, por cada passo dessa jornada!

Cris: Por cada post, por cada pessoa pra quem você indicou, por cada e-mail que você mandou, cada like que você deu!

Ju: E um obrigada especial para as pessoas que estão desde o início com a gente, que viram esse programa crescer, amadurecer, obrigada pras pessoas que sempre nos apoiaram, que assim, nos momentos que a gente tava muito cansada ou muito crítica ou que a gente queria fazer uma coisa muito melhor e não conseguia, que sempre nos reafirmaram, que falaram: “Calma! Tá legal! Tá bacana! Continua!”, se a gente tá aqui, com certeza absoluta é por todo esse carinho, por todo esse apoio!

Cris: Muito obrigada por quem criticou, no sentido de construir o programa, de mostrar o que podia ser melhorado, que mandou sugestão de nome, que mandou sugestão de canal e fez o programa ser mais completo. As críticas ajudam a gente a melhorar, mas acima de tudo muito obrigada por aceitar o que a gente consegue oferecer pra vocês com tanto carinho.

Ju: Muito obrigada para os colaboradores que passaram a fazer parte dessa história na metade do caminho e tornaram ela muito mais rica, nos trouxeram muita bagagem, um olhar diferente, uma riqueza e muito, muito amor!

Cris: Não esquece a hashtag e conta pra gente como você escuta o programa! Brigada! Beijo!

[Sobe trilha]