Barcelona 2016: Smart Home cada vez mais acessível
Tecnologia cada vez mais barata e com interfaces mais intuitivas
Tecnologias para tornar as nossas casas mais inteligentes não são exatamente uma novidade. Mas, é verdade, o custo de automação de uma casa pode ser bem caro e demandar eletrodomésticos e eletroeletrônicos novos e preparados para serem controlados por apps.
Pode, mas começou a baixar. Pode ser que os projetos muito loucos desenvolvidos por gente como a gente usando Arduino tenha ajudado, mas a verdade é que surgem startups aqui e ali que vão ajudando a tornar as nossas casas mais inteligentes num custo cada vez menor.
Lembram-se de quando surgiu o projeto da Lifx e da Hue? Que apenas uma lampadinha inteligente poderia custar o equivalente a 200 reais hoje? Já era um passo, mas conhecemos na feira de tecnologia de Barcelona uma pequena empresa da Bulgária que promete, por um pouco mais de dinheiro que isso, fazer mais, mas muito mais pelas nossas casas.
Trata-se do She, um controlador com diversos tipos de sensores e conectividades sem fio, das mais simples (como infravermelho de controles remotos) a wi-fi. Instalando um aparelho desses com alguns sensores compatíveis pela casa, com alguns soquetes especiais que podem ou ficar dentro da instalação elétrica ou nas tomadas, é possível ativar alarmes, lâmpadas, abrir cortinas, ligar o ar condicionado, enfim, ligar e desligar qualquer coisa.
Não é feitiçaria, aparentemente. Na demo, a empresa mostrou que controlava todos os itens de uma smart home pequena via celular. Câmeras, sensores de movimento, temperatura, umidade ou o seu controle via app: tudo pode ser gatilho para executar funções na casa. Você ainda pode instalar lâmpadas LED inteligentes e, por exemplo, mudar as cores automaticamente para criar ambientes em horários diferentes, ou alertas luminosos quando a geladeira for aberta, por exemplo.
O She funciona a bateria e pode rotear Internet a partir de um chip telefônico. “Mesmo que a luz acabe, você ainda poderá ter informações enviadas pelo aparelho ao seu app”, nos informaram os criadores. E o app ainda ajuda a controlar o consumo de energia de cada item da casa, algo muito relevante nesses tempos.
O pacote starter, que inclui algumas lâmpadas, o controlador, o soquete externo para ligar os seus produtos à tomada e alguns sensores de movimento custará 150 euros (ou 750 reais). Nada mal para começar a automatizar a casa.
O ponto aqui é: nada disso é uma nova tecnologia. Mas é tecnologia finalmente chegando a patamares muito acessíveis, sem uma configuração tão complicada, o que a faz se tornar de fato relevante às pessoas. Um brinde a isso!