Exército dos EUA vai parar de usar disquetes para coordenar lançamentos nucleares
Em outras notícias, o exército dos EUA ainda usava tecnologia de disquetes em suas bombas nucleares
Bombas nucleares: todos temem, mas também meio que conhecem o procedimento de ativação do lançamento depois de inúmeros filmes e séries mostrarem o procedimento. A cena é sempre duas pessoas numa mesma sala virando simultaneamente chaves minúsculas em caixinhas diferentes, afinal.
O que poucos sabem, porém, é que pelo menos nos Estados Unidos “as chavinhas” dos filmes na verdade ocultam uma das maiores loucuras contemporâneas do exército militar, que até hoje usavam como chave de ativação das bombas… disquetes! Isso mesmo, até hoje o destino da Terra numa eventual destruição do planeta em decorrência da temível guerra nuclear estava ligado aos fabulosos cartões físicos capazes de armazenar até incríveis 240 MB de memória.
A boa notícia é que, bem, aparentemente os oficiais maiores da instituição perceberam que estava na hora de um ajuste. Quase cinco anos depois de ser reportado o fato do uso contínuo da tecnologia, o tenente coronel Jason Rossi confirmou ao C4ISRNET que o exército estadunidense aposentou os disquetes em troca de um “solução de arquivamento digital hiper-segura e sólida”.
Embora agora os eventuais lançamentos nucleares ordenados pelo governo estadunidense estejam enfim protegidos de hackers de uma maneira decente, Rossi afirma que a demora para atualizar o chamado Strategic Automated Command and Control System (SACCS) se deu porque o disquete até então era de fato a opção mais segura do meio por ter sido inventado antes da internet. “Você não pode hackear algo que não possui um endereço IP. É um sistema muito único, ele é velho e é muito bom” defende o oficial.
Uma das maiores motivações para enfim levar o sistema para o século 21, porém, foi as dificuldades óbvias de reparo. Rodado até então em um computador da IBM criado nos anos 70, o SACCS passava por extensivos cuidados de manutenção toda vez que dava problema, e a dificuldade de achar peças físicas para o servidor ajudou os militares a bater o martelo neste caso.