SXSW 2017: Conforto pra que?
Cory Richards, as situações de risco extremo e o benefícios da mudança constante
Todo ano alguém me pergunta – por que vc vai ao SXSW?
E eu respondo de volta: pra sair do lugar. Pra enxergar o que meu dia-a-dia não me faz ver. Pra sair da zona de conforto.
Ontem o Keynote do Cory Richards – o “Adventurer of the Year” em 2012 segundo a National Geographic – foi um contraponto interessantíssimo a primeira palestra que eu vi (aquela sobre as coisas similares, aqui)
Cory teve uma adolescência complicada e acabou nas drogas. A escalada foi o rehab natural que a vida encontrou pra ele – e nela ele colocou toda sua energia. Mas o mais interessante da conversa dele, na minha opinião, é a quase obsessão dele por se colocar em situações de extremo desconforto – o extremo oposto do que eu vejo acontecendo na vida do “afegão médio conectado”, que está preso na caverna da similaridade, Cory vai sempre buscar algo novo, diferente, que o move de alguma maneira.
O custo pra isso não é baixo: entre picadas de aranha e avalanche, Cory foi diagnosticado com stress pos-traumático.
Beth Comstock e Steve Case, num painel que acabou agorinha, acabaram de falar a mesma coisa sobre as corporações e seu futuro neste universo em constante transformação: empresas que ficarem paradas e no quentinho, vão virar história. O caminho é se acostumar com a mudança constante, tornar-se um “ser” que não para de mudar e aprender a encontrar conforto em estar desconfortável.
Empresas e pessoas precisam lembrar que desde sempre a coragem pra enxergar o que ninguém viu, apostar nisso e se reorganizar continua sendo A vantagem competitiva.
Os imitadores imitarão. Mas aí você já vai estar noutro lugar: à frente.
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Esse conteúdo é oferecimento da Apex-Brasil, que divulgará durante o SXSW 2017 a campanha Be Brasil, uma narrativa envolvente que promove um Brasil confiável, inovador, criativo e estratégico no mundo dos negócios. Saiba mais em www.bebrasil.com.br/pt