Uma conexão Globosat
O episódio “Precisamos falar sobre obesidade” discorre sobre preconceito com pessoas gordas, body shamming, o aumento de cirurgias plásticas, o movimento do corpo livre e, principalmente, o perigo de tratar o assunto sem cair na gordofobia. Segundo pesquisa do IBGE, o percentual da população brasileira com mais de 20 anos considerada obesa mais que dobrou entre 2003 e 2019. E o Brasil não está sozinho, esse é um fenômeno mundial.
Engana-se quem pensa que falar sobre obesidade é seguir a fórmula matemática: consumo de calorias em excesso e gasto inferior dessa energia é igual a obesidade. A ciência já sabe que existem outras dezenas de variáveis que precisam entrar na conta e um ponto de atenção é que a obesidade não é falta de vontade da pessoa perder peso. O universo de uma pessoa gorda pode ser, muitas vezes, solitário, pois muitos indivíduos com um corpo acima do peso são associados a um estereótipo negativo. E é essa discriminação que coloca as pessoas gordas à margem da sociedade.
Na busca pela aceitação do corpo é preciso que as pessoas encontrem referências que ajudem na construção da sua identidade. E quem pode ser um forte aliado é o mercado publicitário que aos poucos já percebe que existe uma busca pela pluralidade de corpos. Se de um lado a tecnologia pode ter ajudado a aumentar os casos de gordofobia e de críticas expressas ao corpo alheio, é através da própria internet que grupos e movimentos são criados para acolher e gerar sentimento de pertencimento às pessoas gordas.
Túlio Custódio comanda o papo com Milena Vital, publicitária e jornalista, que atua como especialista em Pesquisa & Insights na área de Inteligência de Mercado da Globo.
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